Categoria não aceitou o reajuste de R$ 15,8% oferecido aos servidores em greve pelo governo
Apesar de cerca de 250 mil funcionários públicos terem encerrado ontem (3) greve de aproximadamente dois meses, algumas categorias ainda mantêm a paralisação, segundo a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef).
Agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal (PF) não aceitaram o aumento de 15,8%, proposto pelo governo, e fizeram manifestação na frente da sede da Polícia Federal, em Brasília. Os funcionários da PF argumentam que o aumento de 15,8% não repõe as perdas da categoria, sem reajuste salarial desde 2006.
Agentes da Polícia Federal em greve fazem manifestações em Brasília, São Paulo e Rio |
Durante o protesto, o grupo de manifestantes hasteou bandeiras do movimento com o lema "SOS para a Polícia Federal" e manteve-se a decisão de continuar a greve por tempo indeterminado. Os funcionários paralisados pretendiam marchar até o Ministério da Justiça, mas o ato foi cancelado. Hoje (4), está prevista uma nova manifestação, ainda sem local definido.
Os trabalhadores pedem reestruturação da carreira, com aumento do salário inicial de R$ 7,5 mil para R$ 11 mil, segundo o Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol-DF). O sindicato ainda informou que 30% dos servidores da PF estão trabalhando normalmente, porém não tem estimativas de quantos trabalhadores estão parados.
São Paulo
Policiais federais fizeram manifestação em frente ao prédio da Superintendência da Polícia Federal, na capital paulista. Os manifestantes hastearam uma bandeira com a inscrição “SOS para a Polícia Federal” e simbolicamente queimaram diplomas para mostrar que a categoria (agentes, escrivães e papiloscopistas) tem nível superior, porém não recebe salário correspondente.
Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal do Estado de São Paulo, Nilton Mendes, o ato foi feito para chamar a atenção para a principal reivindicação dos servidores, que é a reestruturação da carreira.
"Houve um pouco de negociação no início da greve e depois disso não houve mais, porque o governo disse que o prazo para as negociações se encerrou, mas nós não entramos em greve por causa de salário e sim por uma necessidade de reestruturação, que o governo não se manifesta no sentido de fazer."
Rio
Agentes se reuniram em frente à Superintendência da Polícia Federal (PF) na Praça Mauá, zona portuária da capital fluminense.
Os agentes prometeram intensificar as pressões esta semana para que o governo federal considere suas demandas. “Estamos tentando a nossa última cartada, para tentar, por medida provisória, entrar no Orçamento de 2013. Vamos torcer para que o governo tenha bom-senso”, ressaltou André Tristão, representante do sindicato da categoria no Rio de Janeiro.
De acordo com ele, a partir de agora os protestos dos policiais vão se intensificar, com a suspensão de serviços de investigação. “Vamos deixar de fazer as atribuições de nível superior, ou seja, investigações a organizações criminosas, grampos telefônicos entre outros serviços”, destacou.
Fonte: Agência Brasil
Gilv@n Vi@n@
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