ASSEMBLEIA GERAL DO SINDSPUMC, NESTE SÁBADO 04/O7 AS 09h NA SEDE SOCIAL DO SINDSPUMC

31 dezembro, 2011

MENSAGEM DA FETAM / RN

Fonte: fetamrn-cut.com
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Etíope Tariku Bekele vence a 87ª Corrida Internacional de São Silvestre

Jovem de 24 anos, Tariku Bekele venceu a 87ª Corrida Internacional de São Silvestre. Ao longo da segunda metade da corrida, o etíope seguiu liderando a competição, acompanhado apenas da forte chuva e da moto, que faz parte da estrutura da organização. A etiópia não vencia desde 2001, mas agora volta a comemorar o primeiro lugar do pódio na São Silvestre. Melhor brasileiro na prova foi Damião Ancelmo de Souza, em sétimo, e Marílson Gomes dos Santos, brasileiro que buscava tetracampeonato, terminou em oitavo lugar.

Tariku Bekele corre sob forte chuva rumo à vitória na SS 2011(Foto: João Gabriel / GLOBOESPORTE.COM)
Logo após a largada, a chuva ficou mais forte. Na primeira descida da prova, já parte do novo percurso da São Silvestre, na rua Major Natanael, os corredores aceleram mesmo com o piso molhado. Kisorio Matthew, o tricampeão da maratona de Londres, Martin Lel, outro queniano, o Mark Korir, seguiram desde o início puxando o ritmo no primeiro pelotão. Neste também estava Marílson seguindo os primeiros quilômetros na cola dos estrangeiros.
O etíope Tariku Bekele e os três quenianos Barnabas Kosgei, Martin Lel e Mark Korir, no entanto, abriram distância dos outros corredores e seguiram ditando o ritmo da prova. Perto dos 7km do trajeto, o primeiro pelotão formado pelos quatro africanos abriu mais de 120 metros de Marílson Gomes dos Santos. O ritmo dos corredores se manteve próximo aos 20 km/h.
Após a metade da prova, o etíope Tariku Bekele se destacou dos outros africanos e assumiu a liderança, sob chuva cada vez mais forte. De fato, uma tempestade. Aos 10km de prova, Bekele mantinha ritmo muito forte, acima de 20km/h, enquanto Marílson enfrentava as dificuldades da prova próximo ao outro brasileiro, Damião Ancelmo de Souza.
No quilômetro 12, os dois companheiros de Bekele na São Silvestre eram as motos, que acompanham os líderes. Nem a subida da Brigadeiro Luis Antônio deteve o etíope. O segundo colocado era o queniano Mark Korir. Mas Bekele demonstrou estar focado na vitória, alcançando a marca de 26 km/h, perto dos 38 minutos de prova.
Já no Ibirapuera, a vitória de Bekele era certa. O etíope não chegou a bater o recorde da prova, fazendo o tempo de 43m35s. Em segundo lugar, o queniano Mark Korir, com 43m58s, seguido de outro queniano, Matthew Kisorio. Completam o pódio Martin Lel, em quarto, e Najin El Qad.
Os melhores brasileiro na prova foram Damião Ancelmo de Souza, em sétimo, e Marílson Gomes dos Santos, que terminou a competição em oitavo.
No FEMININO:
Queniana Jeptoo Priscah vence São Silvestre com domínio africano
Mas foi a serena Priscah Jeptoo (foto AFP) que se saiu melhor 

      Com o resultado, Quênia alcança a nona vitória na história internacional da competição e mantém o domínio

A África manteve o domínio na disputa feminina da Corrida Internacional de São Silvestre. Na tarde deste sábado, a queniana Jeptoo Priscah foi a vencedora da prova que contou com um novo percurso e apresentou o tempo mais rápido da história: 48min48 (não oficial).
A definição da São Silvestre-2011 foi marcada pela emoção. Jeptoo Priscah entrou na região do Ibirapuera com a etíope Wude Ayalew muito próxima e contou com longas passadas para assegurar o primeiro lugar.
Na terceira colocação, cruzou Eunice Kirwa, do Quênia. Na sequência, vieram Ejjafini Nadia, da Itália, e Rumokol Chepkanan, do Quênia. A melhor brasileira foi Cruz da Silva, em sexto.
Com o resultado, Quênia alcança a nona vitória na história internacional da competição e mantém o domínio. Já o Brasil segue com cinco títulos e mantém o jejum desde 2006 na disputa.

A Prova - Com tempo nublado, porém firme e até abafado (27 graus e umidade relativa do ar em cerca de 50%), a prova feminina foi iniciada às 17h10. Logo na Avenida Paulista, a elite da prova já começou a experimentar as primeiras mudanças, com uma descida no fim da Avenida Paulista e no acesso para Avenida Doutor Arnaldo. A italiana Ejjafini Nadia e a queniana Nancy Kipron lideram o grupo da frente.
Na passagem pela Rua Major Natanael e pelo estádio do Pacaembu, no segundo quilômetro, a queniana Eunecie Kirwa, tricampeã da Meia Maratona de São Paulo, começou a correr ao lado de Ejjafini Nadia. Duas brasileiras conseguiam manter o ritmo entre as melhores, Marily dos Santos e Cruz Nonata.
No andamento da prova, as atletas começaram a experimentar a diversidade de clima. A chuva voltou a incomodar em alguns pontos do novo percurso da São Silvestre. Mas a ordem era manter o ritmo do início.
Em 21 minutos de disputa, as africanas já estava em vantagem. Jeptoo Priscah, do Quênia, estava à frente, seguida de perto por Wude Ayalew, da Etiópia. O ritmo era alucinante, com menos de 4 minutos por quilômetro percorrido.
Na passagem pelo Viaduto do Chá, ao redor décimo quilômetro, Jeptoo Priscah e Wude Ayalew consolidavam o seu domínio, com a queniana em pequena vantagem, mas cautelosa em relação ao ritmo da adversária, olhando para trás e observando a posição da etíope.
Na subida da Avenida Brigadeiro Luis Antônio, Wude Ayalew chegou a assumir a liderança, mas logo Jeptoo Priscah reassumiu o comando da prova. Ambas chegaram juntas ao novo trecho final, após o cruzamento com a Avenida Paulista.
As duas africanas alcançaram o reta decisiva praticamente juntas. Mais alta, Jeptoo Priscah apostou em longas passadas e cruzou a linha de chegada com o novo recorde (48min48).
Fonte: superesportes.com.br
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Sinte / RN: Nova diretoria da Regional de Mossoró toma posse durante Confraternização de fim de ano

A Regional de Mossoró já está com nova direção. A posse foi realizada quinta feira (29) durante a festa de confraternização de final de ano. Mais de mil pessoas estiveram presentes. A comemoração contou com a animação da cantora mossoroense Renata Falcão e com um eficiente serviço de Buffet.
O coordenador geral do Sinte-RN, e também coordenador da Regional, Rômulo Arnauld, ressaltou que os trabalhadores em educação de Mossoró e Região tem sempre atendido aos convites do Sindicato. “Seja para a festa, seja para a luta, temos sempre a satisfação de contar com a participação dos nossos companheiros”, comemora Rômulo.
A festa rendeu elogios. O professor César Câmara da Escola Estadual José Martins de Vasconcelos, felicitou a diretoria eleita e aproveitou para parabenizar a organização da confraternização: “Foi um grande ato, nos padrões que a categoria ‘sofrida e discriminada’ merece”, avaliou César.
Para Rômulo Arnaud, a demonstração de confiança na direção do Sindicato é agente motivador para os que lideram o movimento. “Essa participação nos anima a lutar ainda mais. Temos a alegria de estamos juntos e com isso, a certeza de que estamos ampliando imensamente as nossas possibilidades de realizações e vitórias”, ressaltou Rômulo.
Fonte: sintern.org.br
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Mensagem de Ano Novo da Coordenação do SINDSPUMC


O Ano Novo é um momento de fazermos uma reflexão no profundo do nosso coração para encontramos no íntimo do ser as nossas melhores qualidades de pessoas humanas. Necessitamos resgatar o amor que nos une,a justiça que traz igualdade para todos, a fé que nos aproxima de Deus e a esperança que torna viva as lutas na busca de novas conquistas e realizações. Desejamos a tod@s @s Servidor@s Públicos Municipais e demais Caraubenses, Boas Festas e Feliz Ano Novo.
Por Herculana Neta
Coordenadora Geral do SINDSPUMC
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Boas festas!!!

As festas de ano se aproximam e com elas afloram sentimentos de paz, amor e fraternidade, respeito ao nosso semelhante.

As festas de ano se aproximam e com elas afloram sentimentos de paz, amor e fraternidade, respeito ao nosso semelhante.
Além dos pensamentos acreditamos que são ações práticas e singelas que fazem a diferença por um mundo melhor.
Desejamos que neste Natal e Ano Novo pudéssemos revigorar nossos ideais e disposição de luta na busca de uma sociedade mais justa, livre e igualitária.

Direção da CUT/RN

Escrito por: Direção da CUT/RN

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CUT/RN e movimentos sociais reivindicam a manutenção do projeto original do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi

Para a Central o Projeto deve contemplar toda a estrutura governamental e não apenas ao DNOCS como está sendo proposto.

O projeto não pode ser exclusividade do DNOCS
A CUT/RN e os movimentos sociais reivindicam a manutenção do projeto original do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi. A Central se posiciona contrária ao Projeto como está sendo proposto como sendo uma ação do DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.
“Para que os trabalhadores rurais sejam de fato beneficiados com a obra é necessário que se mobilize a estrutura de atendimento governamental para que se possibilite o financiamento, assistência técnica, comercialização, bem como a implantação de políticas públicas para saúde, educação e segurança. Desta forma o Projeto passa a ser mais abrangente não visando apenas a água para irrigação, mas os benefícios da agricultura familiar”, afirma o presidente da CUT/RN, José Rodrigues Sobrinho.
O atendimento da pauta é de vital importância para que estabeleça o controle social para o melhor direcionamento sobre:
>>Aplicação dos recursos para fins de desapropriação;
>>Implicações ambientais com a utilização da água (recurso este tão escasso na região) para fins de irrigação comercial, com manejo do solo com a utilização de técnicas de fertilização menos agressivas ao meio ambiente, recuperação da mata ciliar E instituição de programas de educação ambiental;
>>Garantia de área irrigada sem mudança fundiária dos assentamentos já existentes de agricultura familiar;
>>Geração de “energia verde” e de tarifas de diferenciadas aos agricultores;
>>Assistência técnica de instituições como IFERN, EMPARN, EMBRAPA e UFERSA;
>>Inclusão dos assentamentos dentro do projeto de irrigação com infra-estrutura adequada de transporte e moradia, abertura de crédito (modelo PRONAF), capacitação com técnicas de irrigação, equipamentos para irrigação e benefícios tarifários de energia.
Para tanto, a CUT/RN defende a proposta original do Projeto que contempla ações para utilização da água para o consumo humano para as cidades do Vale do Apodi, entre as quais Mossoró e Caraúbas. Esta ação deve ser executada com os trabalhados de perenizarão dos rios Umari e Mossoró.
Os representantes da Central e dos movimentos sociais tiveram dois encontros com o Secretario Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho para ter o compromisso que construção do Perímetro irrigado na Chapada do Apodi será melhor discutida com o movimento dos trabalhadores.
A CUT/RN entende que o projeto é uma oportunidade singular para beneficiar 2 mil pequenos agricultores rurais com o investimento público fazendo justiça social para uma das populações mais carentes do estado. Participaram deste movimento: direção da Central, Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Apodi, Comissão Pastoral da Terra, Marcha Mundial das Mulheres, FETARN, FETRAF, MST, MLST, Coopervida, Sertão Verde, Arquidiocese de Natal, Mulheres em Ação de Mossoró, Rede de Colegiados dos Territórios da Cidadania e Políticos.

Escrito por: Assessoria de comunicação da CUT/RN

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Congresso: Líderes revelam o que esperam de Dilma em 2012

Poder Online ouviu os líderes da Câmara dos Deputados para saber o que eles esperam da presidenta Dilma Rousseff em 2012.
Leia as respostas:
ACM Neto – líder do DEM
“Que a presidenta Dilma realmente combata a corrupção e não engane os brasileiros como ela fez este ano ao manter todo o esquema de corrupção denunciado nos ministérios.”
Cândido Vaccarezza – líder do governo
“O compromisso que a presidenta Dilma tem com o povo brasileiro me dá a certeza de que ela vai manter o Brasil no rumo certo em 2012. Atenta às ameaças do presente e com a visão para as grandes oportunidades do futuro, ela vai aprofundar as políticas de desenvolvimento com inclusão social que estão ajudando o Brasil a se tornar uma grande potência mundial.”
Chico Alencar – líder do PSOL
“Espero que o governo Dilma comece. Porque este ano foi mais para administrar crises de ministérios, perdendo um ministro a cada 40 dias. Foi só um já cansado nono ano do governo Lula do que o primeiro ano do governo Dilma.”
Duarte Nogueira – líder do PSDB
“Que ela se liberte, do estado de prisioneira que se encontra, de um modelo ultrapassado, rejeitado e fisiológico de coordenação política.”
Guilherme Campos – líder do PSD
“Espero que ela tenha serenidade e maturidade para fazer os ajustes necessários para que o Brasil posse por este momento que o mundo passa com o menor impacto possível na nossa economia. É meu desejo que ela saiba separar o momento eleitoral da crise mundial”
Giovanni Queiroz – líder do PDT
“Que a coragem que a norteou aos 18 anos possa estimulá-la ao enfrentamento dos juros altos, do sistema financeiro e especulativo no Brasil.”
Henrique Eduardo Alves – líder do PMDB
“Espero que ela continue a conduzir o governo como está conduzindo para que os seus parceiros possam ter um grande resultado político-eleitoral no próximo ano.”
Lincoln Portela  – líder do bloco PR, PTdoB, PRP, PHS, PTC, PSL
“Acredito que ela dará sequência ao excelente trabalho realizado pelo Brasil no próximo ano.”
Paulo Teixeira – líder do PT
“Que a presidenta Dilma continue conduzindo o governo com esse nível de aplicação que ela tem. E também um ano de crescimento econômico e essa mesma competência na condução da economia perante à crise mundial.”
Sarney Filho – líder do bloco PV e PPS
“Espero que Dilma continue investindo cada vez mais nas ações sócio-ambientais porque não pode existir desenvolvimento sustentável sem que as ações sociais e ambientais sejam priorizadas.”
Vitor Paulo – líder do PRB
“Que o ano de 2012 seja, de fato, o ano das reformas, como havia prometido a presidenta Dilma para 2011. Que aprovemos as reformas política, previdenciária e tributária. O Brasil não pode continuar com este modelo.”
Notas relacionadas:
  1. Líderes da base aliada ganham ‘chá da tarde’ com Dilma
  2. PV e governo: do namoro ao casamento sem papel passado
  3. Governistas apostam em clima de paz na reunião de líderes com Dilma
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Incêndio em parque da Patagônia arrasa 8.500 hectares

700 turistas foram evacuados. Chamas avançam há três dias sem controle e presidente chileno declara "zona de catástrofe"

Um incêndio florestal no parque nacional de Torres del Paine, na Patagônia chilena, que dura três dias já consumiu 8.500 hectares de mata nativa e segue sem controle, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira pelo Escritório Nacional de Emergência (Onemi).

O fogo teve início na tarde de terça-feira no setor do lago Grey, no norte das Torres del Paine, um imponente grupo de montanhas visitadas todos os anos por milhares de turistas. O rápido avanço das chamas obrigou as autoridades a fecharem as portas e a evacuar 700 pessoas do parque, que tem uma superfície de 230.000 hectares (um hectare corresponde aproximadamente ao tamanho de um campo de futebol).
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que irá solicitou ajuda internacional para combater o incêndio. Estados Unidos, Austrália e Argentina serão chamadoa para fazer frente às linhas de fogo.
Piñera afirmou que "o governo tomou e vai continuar tomando todas as medidas para enfrentar a catástrofe das Torres del Paine". Ele também informou que "decidiu declarar zona de catástrofe a província" Ultima Esperanza, afetada pelas chamas.
Fogo destrói parque nacional do ChileIncêndio arrasou 8.500 hectares. Chamas avançam há 3 dias e presidente chileno declara "zona de catástrofe"

Críticas
Grupos ambientalistas criticam a demora do governo do Chile em atuar no controle ao incêndio. O ativista Luis Mariano Rendón, da organização não-governamental Ação Ecológica e defensor do movimento "Patagônia sem Represas", destacou que, segundo os próprios dados do Executivo, na quinta-feira havia "quase mais brigadistas argentinos que membros do Exército do Chile combatendo as chamas no Parque Nacional Torres del Paine".
"Queríamos ver este governo, que é tão ágil para lançar água na população que luta por seus direitos, ser igualmente ágil para lançar água nas chamas que consomem nosso patrimônio natural", declarou.
O diretor da Onemi, Vicente Núñez, explicou que ontem o combate ao incêndio foi feito com a ajuda de 120 voluntários e que hoje o número de pessoas deve duplicar com a ajuda de funcionários da Corporação Nacional Florestal do Chile (Conaf), de membros do Exército, de bombeiros e de brigadistas argentinos.
Fonte: * Com informações da AFP e da ANSA
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29 dezembro, 2011

Vitória dos trabalhadores!

Rosalba revoga decreto que restringiu acesso ao Centro Administrativo

Rosalba Ciarlini - Governadora do RN
Após a repercussão negativa gerada Pela CUT/RN e pelos movimentos sociais em torno do Decreto nº 22.511, que definiu o Centro Administrativo como área de segurança, sendo restringido o uso de instrumentos utilizados em protestos, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) recuou da medida e revogou o dispositivo, conforme publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (28).
Ontem, durante café da manhã com jornalistas, a chefe do Executivo comentou que a medida visava normatizar o uso de alguns instrumentos dentro do CA, tais como uso de carros de som, acampamentos e barracas, coincidentemente os utilizados em movimentos paredistas dentro do Centro Administrativo.
Trata-se de uma vitória da classe trabalhadora sobre as medidas ditatoriais da governadora. Liberdade de expressão e o direito de ir e vir são um dos alicerces da democracia que não podem ser restringidos por Decreto Governamental.

por: Assessoria de comunicação da CUT/RN

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CUT 2012: conversaremos com os trabalhadores para acabar com o imposto sindical, diz presidente da Central

Campanha para substituir imposto por contribuição definida em assembelia incluirá plebiscito e abaixo-assinado

No próxmo ano, a Central Única dos Trabalhadores vai com tudo para acabar com uma herança do sindicalismo pelego, atrelado ao Estado: o imposto sindical. Criado durante o governo de Getúlio Vargas, a cobrança compulsória faz com que a criação de sindicatos sem qualquer combatividade seja um grande negócio no Brasil, já que o dinheiro vem sem a necessidade de promover qualquer luta pelos trabalhadores.

Em entrevista ao Portal da CUT, o presidente Artur Henrique destaca que a Central promoverá plebiscitos nos locais de trabalho para verificar se a manutenção da estrutura sindical é o desejo dos trabalhadores ou se preferem uma contribuição negocial definida democraticamente pelos próprios trabalhadores em assembleias das categorias. Ele faz ainda um balanço deste ano e comenta que a pressão sobre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para aprovar a pauta dos trabalhadores será intensificada em 2012.

Esse ano de 2011 foi positivo para a CUT?

Artur Henrique – Acredito que sim. Desde o início do ano, com a ocupação do Congresso, depois com o Dia Nacional de Mobilização e, posteriormente, voltando a pressionar os deputados e senadores no início do segundo semestre para que aprovassem nossa pauta, realizamos muitas lutas. Ajudamos a construir a Marcha das Margaridas e tivemos vitórias importantes, como as categorias que conquistaram aumento acima da inflação, mesmo diante da pressão sobre nós com aquela ideia de que era preciso controlar a inflação evitando dar aumento de salário. As categorias foram à luta e aproveitaram o bom momento pelo qual estamos passando, apesar da crise internacional. Aprovamos também a política de valorização do salário mínimo, que vai ter agora no início de 2012 aumento real de 7,5% e será um importante instrumento para enfrentar a crise por meio do fortalecimento do mercado interno.

O Congresso jogou contra os trabalhadores?

Artur – A pauta dos interesses imediatos dos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim do Fator Previdenciário, a regulamentação da Convenção 151 da OIT (negociação no serviço público), a aprovação da Convenção 158 (para coibir a dispensa imotivada) e a luta contra a terceirização, que precariza as relações de trabalho, sofreram com a posição do Executivo e do Legislativo, que impediram avanços. Chegamos ao final do ano com a 151 parada na Casa Civil, após dois anos de debate e depois de ter sido aprovada no Congresso. Tivemos também que fazer uma grande campanha contra um projeto sobre terceirização que ainda está sendo articulado por alguns deputados ligados a outras centrais sindicais e é extremamente prejudicial aos trabalhadores. Enquanto a 158 sofreu perdas importantes em votações no Congresso. A agenda dos trabalhadores foi colocada em segundo plano. Precisamos de reformas estruturais para aprofundar mudanças.

Quais são essas reformas? 

Artur – Estamos falando das reformas política, tributária, sindical e da democratização da comunicação, que não avançaram. Além da reforma agrária, da aprovação da PEC do Trabalho Escravo (que destina à reforma agrária propriedades onde for flagrada situação análoga à escravidão) e da defesa das propostas da CUT na Conferência do Trabalho decente, como a luta contra o trabalho infantil e contra o trabalho escravo. No segundo semestre também atualizaremos nossa plataforma para as eleições, enfocando principalmente propostas para o desenvolvimento regional. Além disso, acabamos de participar do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Fundo Social do Pré-Sal. Serão trilhões de dólares que poderão ser aplicados para combater a desigualdade, para acabar com a miséria, para melhorar os salários e a renda, para fazer o que precisamos fazer.

Em uma audiência recente na Câmara, somente a CUT defendeu o fim do imposto sindical, enquanto as demais se aliaram às entidades patronais. Ainda assim é possível acabar com o imposto?

Artur – O que as demais centrais estão fazendo não cabe na nossa ética sindical. As outras centrais e alguma entidades patronais não querem mudar a estrutura sindical, mas nós queremos e vamos falar diretamente com os trabalhadores. Para isso vamos fazer uma ampla campanha, um plebiscito, abaixo-assinado conversando com as bases. Queremos explicar que desejamos dar liberdade e autonomia para que decidam sobre a forma de sustentação das suas entidades sindicais e não um imposto que vem de cima para baixo. Isso será fundamental para que o movimento sindical brasileiro passe a construir entidades realmente representativas e preparadas para enfrentar os desafios da negociação coletiva e do contrato coletivo nacional por ramo de atividade.

Os empresários voltaram a bater na tecla da redução de impostos, apesar de defenderem o imposto sindical. O que a CUT pensa sobre isso?

Artur – Quando falamos em desoneração temos que voltar à tecla da reforma tributária. O Brasil não tem imposto sobre grandes fortunas, ao contrário de qualquer país desenvolvido. Se você cobrar 1,5% de 300 mil famílias que tem patrimônio acima de R$ 1 milhão você arrecada R$ 44 bilhões, valor suficiente para resolver o problema do financiamento da saúde, só para dar um exemplo. Em 2011, os empresários foram beneficiados com crédito mais barato e desonerações, mas não tivemos a implementação da progressividade dos impostos e a isenção do imposto de renda sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Quem mais reclama dos impostos é quem não precisa dos serviços públicos porque tem dinheiro para ir para o setor privado. Precisamos do Estado para garantir acesso universal à saúde de qualidade, educação, segurança.

A questão ambiental estará ainda mais presente no ano que vem com a Rio+20. Como a classe trabalhadora se insere nesse cenário?

Artur – Para discutir desenvolvimento sustentável devemos dar o mesmo peso para quatro pilares: econômico, social, ambiental e político. Isso envolve a agenda do trabalho decente. Há uma diferença absurda entre o que ganham os catadores de material reciclável e o ganho da indústria de alumino por conta do trabalho agregado desses catadores, por exemplo. Quando se fala em emprego verde precisa verificar se há carteira assinada, respeito aos direitos. As pessoas podem ter acesso ao desenvolvimento sem que precisem ter seis geladeiras, 10 carros, quatro apartamentos, como ocorre hoje. Podemos estabelecer uma grande aliança dos movimentos sociais com os governos progressistas para trabalhar propostas de desenvolvimento que considerem a mudança no modo de produção e consumo e levem em conta outros indicadores além do PIB. Temos que ter indicadores de felicidade, de qualidade de vida e não apenas econômico.
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