Jovem de 24 anos, Tariku Bekele venceu a 87ª Corrida Internacional de São Silvestre. Ao longo da segunda metade da corrida, o etíope seguiu liderando a competição, acompanhado apenas da forte chuva e da moto, que faz parte da estrutura da organização. A etiópia não vencia desde 2001, mas agora volta a comemorar o primeiro lugar do pódio na São Silvestre. Melhor brasileiro na prova foi Damião Ancelmo de Souza, em sétimo, e Marílson Gomes dos Santos, brasileiro que buscava tetracampeonato, terminou em oitavo lugar.
Tariku Bekele corre sob forte chuva rumo à vitória na SS 2011(Foto: João Gabriel / GLOBOESPORTE.COM) |
Logo após a largada, a chuva ficou mais forte. Na primeira descida da prova, já parte do novo percurso da São Silvestre, na rua Major Natanael, os corredores aceleram mesmo com o piso molhado. Kisorio Matthew, o tricampeão da maratona de Londres, Martin Lel, outro queniano, o Mark Korir, seguiram desde o início puxando o ritmo no primeiro pelotão. Neste também estava Marílson seguindo os primeiros quilômetros na cola dos estrangeiros.
O etíope Tariku Bekele e os três quenianos Barnabas Kosgei, Martin Lel e Mark Korir, no entanto, abriram distância dos outros corredores e seguiram ditando o ritmo da prova. Perto dos 7km do trajeto, o primeiro pelotão formado pelos quatro africanos abriu mais de 120 metros de Marílson Gomes dos Santos. O ritmo dos corredores se manteve próximo aos 20 km/h.
Após a metade da prova, o etíope Tariku Bekele se destacou dos outros africanos e assumiu a liderança, sob chuva cada vez mais forte. De fato, uma tempestade. Aos 10km de prova, Bekele mantinha ritmo muito forte, acima de 20km/h, enquanto Marílson enfrentava as dificuldades da prova próximo ao outro brasileiro, Damião Ancelmo de Souza.
No quilômetro 12, os dois companheiros de Bekele na São Silvestre eram as motos, que acompanham os líderes. Nem a subida da Brigadeiro Luis Antônio deteve o etíope. O segundo colocado era o queniano Mark Korir. Mas Bekele demonstrou estar focado na vitória, alcançando a marca de 26 km/h, perto dos 38 minutos de prova.
Já no Ibirapuera, a vitória de Bekele era certa. O etíope não chegou a bater o recorde da prova, fazendo o tempo de 43m35s. Em segundo lugar, o queniano Mark Korir, com 43m58s, seguido de outro queniano, Matthew Kisorio. Completam o pódio Martin Lel, em quarto, e Najin El Qad.
Os melhores brasileiro na prova foram Damião Ancelmo de Souza, em sétimo, e Marílson Gomes dos Santos, que terminou a competição em oitavo.
No FEMININO:Queniana Jeptoo Priscah vence São Silvestre com domínio africano
Mas foi a serena Priscah Jeptoo (foto AFP) que se saiu melhor |
Com o resultado, Quênia alcança a nona vitória na história internacional da competição e mantém o domínio
A África manteve o domínio na disputa feminina da Corrida Internacional de São Silvestre. Na tarde deste sábado, a queniana Jeptoo Priscah foi a vencedora da prova que contou com um novo percurso e apresentou o tempo mais rápido da história: 48min48 (não oficial).
A definição da São Silvestre-2011 foi marcada pela emoção. Jeptoo Priscah entrou na região do Ibirapuera com a etíope Wude Ayalew muito próxima e contou com longas passadas para assegurar o primeiro lugar.
Na terceira colocação, cruzou Eunice Kirwa, do Quênia. Na sequência, vieram Ejjafini Nadia, da Itália, e Rumokol Chepkanan, do Quênia. A melhor brasileira foi Cruz da Silva, em sexto.
Com o resultado, Quênia alcança a nona vitória na história internacional da competição e mantém o domínio. Já o Brasil segue com cinco títulos e mantém o jejum desde 2006 na disputa.
A Prova - Com tempo nublado, porém firme e até abafado (27 graus e umidade relativa do ar em cerca de 50%), a prova feminina foi iniciada às 17h10. Logo na Avenida Paulista, a elite da prova já começou a experimentar as primeiras mudanças, com uma descida no fim da Avenida Paulista e no acesso para Avenida Doutor Arnaldo. A italiana Ejjafini Nadia e a queniana Nancy Kipron lideram o grupo da frente.
Na passagem pela Rua Major Natanael e pelo estádio do Pacaembu, no segundo quilômetro, a queniana Eunecie Kirwa, tricampeã da Meia Maratona de São Paulo, começou a correr ao lado de Ejjafini Nadia. Duas brasileiras conseguiam manter o ritmo entre as melhores, Marily dos Santos e Cruz Nonata.
No andamento da prova, as atletas começaram a experimentar a diversidade de clima. A chuva voltou a incomodar em alguns pontos do novo percurso da São Silvestre. Mas a ordem era manter o ritmo do início.
Em 21 minutos de disputa, as africanas já estava em vantagem. Jeptoo Priscah, do Quênia, estava à frente, seguida de perto por Wude Ayalew, da Etiópia. O ritmo era alucinante, com menos de 4 minutos por quilômetro percorrido.
Na passagem pelo Viaduto do Chá, ao redor décimo quilômetro, Jeptoo Priscah e Wude Ayalew consolidavam o seu domínio, com a queniana em pequena vantagem, mas cautelosa em relação ao ritmo da adversária, olhando para trás e observando a posição da etíope.
Na subida da Avenida Brigadeiro Luis Antônio, Wude Ayalew chegou a assumir a liderança, mas logo Jeptoo Priscah reassumiu o comando da prova. Ambas chegaram juntas ao novo trecho final, após o cruzamento com a Avenida Paulista.
As duas africanas alcançaram o reta decisiva praticamente juntas. Mais alta, Jeptoo Priscah apostou em longas passadas e cruzou a linha de chegada com o novo recorde (48min48).
Fonte: superesportes.com.br
Gilv@n Vi@n@
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