O
ex-goleiro do Flamengo e do Atlético Bruno Fernandes das Dores de Souza, de 27
anos, se converteu à Igreja Evangélica Restaurando Vidas (IERV), na qual disse
aos pastores que pretende ser batizado e se casar, mas sequer aos líderes
espirituais o atleta contou o que ocorreu com a ex-amante e mãe de seu filho,
Eliza Samudio. O desaparecimento da modelo, aos 25 anos, completa dois anos no
sábado. “Tenho consciência dos fatos que ocorreram (o sumiço de Eliza). Deus
sabe a verdade do que aconteceu. O que Ele decidir que é minha culpa eu vou
cumprir, mas não é nada disso que a mídia está falando”, declarou Bruno ao
pastor Anderson Duarte, presidente da IERV, que, em entrevista ao Estado de
Minas, revelou detalhes sobre a conversão e o comportamento do atleta, convertido
em janeiro.
Também completa dois anos, no mês que vem, a prisão do
goleiro por sequestro e homicídio. No primeiro processo, o atleta já conseguiu
liberdade condicional. Sua defesa aguarda agora julgamento de pedido de habbeas
corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), relativo à prisão sob acusação de
assassinato, no qual o advogado alega ter havido cerceamento de defesa, ofensa
ao princípio da presunção de inocência do ex-goleiro, além de sustentar que o
clamor popular prevaleceu sobre as provas. “Se tivesse sido condenado por
homicídio simples, que tem pena de seis anos, o Bruno já teria direito ao
regime semiaberto, por cumprir um terço da pena. Estou confiante que vamos
conseguir”, afirma Rui Pimenta, um de seus defensores.
A data para o julgamento não foi ainda definida,
mas o Ministério Público Federal (MPF) já se manifestou contra a soltura do
goleiro para aguardar julgamento no tribunal do júri, por considerá-lo perigoso
e passível de influenciar testemunhas e demais envolvidos no caso. A
subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques, em parecer enviado
ao STF, destaca o que considera “extrema periculosidade” do atleta, “denotada
no modus operandi que teria empregado para praticar os vários crimes,
perpetrados com requintes de crueldade e frieza, em verdadeira afronta à ordem
pública e ultraje à vida do ser humano, além do total desrespeito aos poderes
repressivos do Estado”.
Do Estado de Minas
Gilv@n Vi@n@
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