Brasil 247 – O Grupo Abril anunciou na sexta-feira (07)) uma série de demissões. Segundo a publicação Meio & Mensagem, “cerca de 70 cargos, a maioria de executivos, foram cortados”. A Meio & Mensagem informa que a lista de “produtos a serem descontinuados” será divulgada a partir desta segunda-feira (10).
As decisões da empresa não têm relação aparente com a morte de Roberto Civita, em 26 de maio. São decisões tomadas diante da realidade dos fatos do mercado editorial e publicitário. De acordo com dados publicados pelo IVC, a situação das revistas do Grupo Abril não é confortável. Seu carro-chefe, a Veja, estacionou num patamar aquém de 1.100.000 exemplares. Na verdade, entre 2010 e 2012 a circulação média por edição da revista caiu 1,35% (de 1.086.200 para 1.071.500).
Entre 23 títulos da editora com circulação média acima de 100 mil exemplares, apenas cinco cresceram: Caras,Mundo Estranho, Quatro Rodas, Tititi e Minha Novela. As demais 18 revistas situadas nesse patamar de tiragem ficaram estagnadas ou reduziram consideravelmente a circulação. Não há correlação necessária entre queda do faturamento e queda da circulação, porque medidas de economia podem ter sido tomadas a tempo de evitar prejuízos, mas o fato é que a participação das revistas no bolo nacional de publicidade cai ano a ano.
Os casos mais dramáticos da Abril, do ponto de vista da circulação (que se reflete no custo por mil dos anúncios, nove fora os descontos, às vezes monumentais), são os da Playboy (de 221,7 mil para 136,3 mil, perda equivalente a 38,52%), da Capricho (-30,2%), da Info Exame (-22,73%), da Nova Escola (-16,83%), da Exame (-16,1%) e da Superinteressante (-11,2%). Três importantes revistas femininas do grupo também perderam circulação: Claudia (-7,1%; trata-se de uma publicação que roda em torno de 400 mil exemplares), Nova (-9,1%; na faixa de 240 mil/218 mil) e Ana Maria (-9,5%, 229 mil/207 mil).
Gilv@n Vi@n@
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