Representante de docentes de federais critica orientação do governo a reitores sobre reposição das aulas
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), representante da maior parte dos professores de universidades federais em greve, emitiu nota nesta quarta-feira, 8, em que diz que o Ministério da Educação está tentando intimidar o movimento grevista. A declaração é uma resposta à circular enviada nesta terça para os reitores de universidades em que o MEC solicita o calendário de reposição de aulas perdidas na paralisação. A greve iniciada em 17 de maio ainda não acabou na maioria das instituições.
Segundo o Andes, a orientação do MEC às reitorias de dar início ao segundo semestre letivo é “mais uma atitude patética do Ministério da Educação, que demonstra estar de costas ou fazer que não vê o que está acontecendo nas IFE”.
Na semana passada, o governo deu por encerrada a negociação com os docentes e assinou acordo com o Sindicato de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) , que representa apenas uma pequena parcela dos professores. O Andes recusou a proposta governamental e está orientando as bases para endurecerem o movimento . Outras duas entidades de professores, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), também se recusaram a ratificar o acordo.
“O governo forjou um impasse para tentar justificar a ruptura unilateral da Mesa de Negociação, apoiado por seu braço sindical, e agora parte para tentativa de intimidação/repressão ao movimento”, diz a nota do comando de greve.
De acordo com balanço preliminar do sindicato, as assembleias gerais em todo o País estão aprovando a continuidade da greve. Até agora, apenas os professores das universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS e UFCSPA) e de São Carlos (SP) , além do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, decidiram voltar ao trabalho.
Para o Andes, a ordem do MEC fere a autonomia das universidades para definir seus calendários acadêmicos. "Na maioria das instituições houve posicionamento dos colegiados superiores de suspender os calendários acadêmicos por causa da greve”, argumenta o comando de greve.
Fonte: iG São Paulo
Gilv@n Vi@n@
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