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10 agosto, 2012

BRASIL: Governo consulta ministérios sobre quanto podem dar de aumento a servidores


Próxima semana é decisiva para o Planalto conter paralisações e incluir reajustes salariais no orçamento de 2013. Dilma deu sinal verde para secretário do Planejamento correr a Esplanada

 Orçamentopara 2013 prevê salário mínimo de R$ 667,75 
A estratégia do Palácio do Planalto de deixar a negociação com as centrais sindicais para agosto, prazo final para aprovação do orçamento de 2013 pelo Congresso Nacional, já está sendo avaliada como equivocada por integrantes do governo.
Diante de uma semana tensa, após a paralisação de Policiais Federais e a recusa de parte dos professores universitários à proposta de aumento, o governo definiu a próxima semana como decisiva para resolver o impasse até dia 24 – exatamente sete dias antes do limite para aprovação do orçamento pelo Congresso.
O Planalto acelerou a elaboração de propostas de reajustes salariais e planos de carreira para promover uma rodada decisiva de negociações com sindicalistas entre segunda-feira (13) e sexta-feira (17).
O secretário de relações do trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, recebeu autorização da ministra Miriam Belchior para rodar os ministérios com servidores em greve para discutir até onde é possível esticar o orçamento das pastas.
Técnicos recusarão aumento
Mas antes de bater o martelo sobre as propostas a serem apresentadas às centrais sindicais, o primeiro teste de Mendonça será com os técnicos administrativos das universidades federais.
O governo ofereceu reajuste de R$ 1,7 bilhão para a categoria, por meio um aumento de 15,8% em três parcelas anuais em 2013, 2014 e 2015.
A proposta será rechaçada amanhã pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Os técnicos exigirão de 25% de aumento.
Planalto: relação com centrais ainda é boa
Apesar do desgaste com as centrais sindicais pelos aumentos, o governo avalia que a afinidade entre a gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) com os sindicatos se mantém.
Mendonça tem mantido conversas permanentes com o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência, José Lopez Feijóo. Ex-vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Feijóo é o homem do governo responsável por azeitar o diálogo com os sindicatos.
O assessor do ministro Gilberto Carvalho é responsável por atualizar o termômetro do relacionamento com as centrais. A avaliação que chega à presidenta Dilma Rousseff é de que a greve é uma questão pontual. Ou seja, as centrais continuam próximas ao Planalto.
Mas Dilma foi alertada sobre a necessidade de flexibilizar nas negociações, apresentando propostas aos grevistas. A falta de diálogo é apontada como principal mote para o levante de greve por cerca de 350 mil servidores federais de um total de 570 mil na ativa, conforme balanço da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef).
A sinalização dada à presidenta deve acrescentar alguns bilhões ao pacote de R$ 8 bilhões inicialmente previsto como limite para o crescimento da folha de pagamento da União, que saltou de R$ 78,5 bilhões, em 2003, para R$ 187,8 bilhões, em 2012, conforme balanço do Ministério do Planejamento.
As centrais sindicais avaliam em R$ 93 bilhões o montante necessário para atender as reivindicações de mais de 30 categorias em greve. Na próxima quarta-feira (15), os servidores prometem parar a Esplanada dos Ministérios com a maior manifestação realizada até agora em Brasília pelos servidores grevistas.
Fonte: Nivaldo Souza - iG Brasília
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