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14 agosto, 2012

Em semana decisiva, governo muda estratégia para encerrar greve


Planalto substitui negociações setoriais por conversas em bloco para agilizar acordos de aumento salarial e coloca 31 de agosto como prazo final para sindicatos aceitarem propostas

Sérgio Mendonça, secretário de Relações de trabalho
Ministério do Planejamento
O governo não está disposto a estender as negociações de aumento salarial dos servidores federais com as centrais sindicais para depois de 31 de agosto, quando vence o prazo para o encaminhamento do orçamento de 2013 ao Congresso Nacional, que pode incluir mudanças como novos reajustes até dezembro. “As negociações estarão encerradas em 31 de agosto. A partir daí, ficam para uma nova negociação em 2013”, afirma o secretário de relações de trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça.
Destacado pela ministra Miriam Belchior para negociar com os sindicatos, Mendonça indica que esta semana será decisiva para encerrar as greves de cerca de 350 mil servidores de 30 categorias, segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) – nas contas do governo, a adesão envolve de 70 mil a 80 mil trabalhadores da União em todo o País.
Para encerrar as paralisações, o secretário afirma que o governo pode abrir mão das negociações setoriais até agora em curso para realizar conversas coletivas com diversas categorias ao mesmo tempo. “Optamos nos últimos meses por negociações setoriais. Agora, tendo pautas que atendam a todos os servidores - o que estamos analisando no orçamento - chamaremos as entidades em blocos”, sinaliza.
A mudança de estratégia depende ainda da reelaboração da conta de gastos com pessoal prevista para orçamento de 2013. A conta está sendo refeita pelo Planejamento. Por ora, a única certeza é de que os R$ 92,7 bilhões pedidos pelas centrais sindicais é uma fábula que o governo não irá endossar. “Esse número está absolutamente fora de propósito. É muito grande e inviável. Esses R$ 92,7 bilhões representam quase metade folha de pagamento (R$ 187,8 bilhões, em 2012)”, diz.
Fonte: Nivaldo Souza - iG Brasília
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