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24 agosto, 2012

CIÊNCIA: Nasa lança sondas para analisar influência do Sol sobre a Terra


Missão, que conta com participação do Brasil, vai estudar os Cinturões de Van Allen, anéis de radiação que circulam o planeta. Lançamento acontece HOJE (24)

Ilustração mostra os Cinturões de Van Allen,
dois anéis carregados eletricamente que envolvem a Terra
A Nasa anunciou nesta quinta-feira (23) que está finalizando os últimos ajustes do lançamento previsto para hoje (24) de duas sondas espaciais que entrarão em órbita para estudar a influência do Sol e de seus anéis de radiação sobre a Terra. 
O Centro Espacial Kennedy (EUA) indicou que as condições meteorológicas no litoral atlântico da Flórida são favoráveis, com 70% de chances de lançamento, apesar da parente aproximação da tempestade tropical Isaac. O lançamento está programado para ocorrer amanhã às 05h07 (de Brasília). 

A missão, intitulada de RBSP (sigla para Radiation Belt Storm Probes, em tradução livre: Sondas da Radiação do Anel de Tempestade), estudará os chamados Cinturões de Van Allen, percorrendo as zonas da magnetosfera terrestre onde se concentram as partículas carregadas. 

O Cinturão de Allen interior se estende de mil quilômetros da superfície terrestre até aos cinco mil quilômetros, enquanto o exterior circula entre os 15 mil e os 20 mil quilômetros da superfície terrestre. 

As sondas foram desenhadas para analisar a forma como o Sol, e em particular as tempestades solares, afetam o entorno terrestre em várias escalas de espaço e tempo.

A missão é parte de um programa cujo objetivo é o estudo dos processos fundamentais que podem ter originado o Sol e que incidem no conjunto do sistema solar. 

Segundo a Nasa, as duas sondas, com rotação estabilizada, se diferenciam por conseguir operar sob difíceis condições. Outros satélites que orbitam a região estão programados para apagar seus sistemas ou se proteger diante de intensas tempestades espaciais, mas os da missão RBSP continuarão colhendo informações na tempestade e, por isso, possuem condições de suportar o bombardeio de partículas e de radiação nos cinturões de Van Allen. 

Os instrumentos das sondas proporcionarão as medições que os cientistas necessitam para caracterizar e quantificar os processos de plasma que produzem íons de alta energia e elétrons relativísticos. Especificamente, esses instrumentos medirão as propriedades das partículas carregadas que circulam nos anéis de radiação, as ondas de plasma que interagem com elas, os campos elétricos de grande escala que as transportam, e o campo magnético que guia as partículas. 

As sondas octogonais pesam mais de 635 quilogramas cada uma e medem 1,85 metros de cumprimento e cerca de 90 centímetros de altura. Os sensores de campo elétrico e magnético se estendem sobre varas que se afastam da sonda, a qual pode gerar seus próprios campos elétricos e magnéticos e distorcer as medições.  

Participação brasileira 
Em comunicado, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) anunciou que será um dos responsáveis pela aquisição de dados da missão a partir de novembro. Depois do lançamento, haverá um período de calibração dos sensores, e a partir de então os dados serão transmitidos a várias estações terrestres, entre elas a do Inpe, em Alcântara (MA).

Os dados, de acordo com o Inpe, permitirão um melhor entendimento da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), fenômeno da ionosfera localizado acima da região Sudeste capaz de provocar danos a satélites. Os dados da RBSP permitirão um monitoramento mais completo da AMAS e do fenômeno de precipitação de partículas elétricas que atinge a região.
“Estas sondas possuem sensores e instrumentos muito avançados. A missão permitirá a aquisição de informações mais precisas para monitorar o efeito das partículas elétricas do Cinturão de Van Allen na região da anomalia. Para ter ideia das consequências do fenômeno, o satélite que passa nessa região precisa ter alguns equipamentos desligados para evitar problemas no seu funcionamento”, disse no mesmo comunicado Walter D. González, pesquisador da Divisão de Geofísica Espacial do Inpe.
Com informações da EFE
Gilv@n Vi@n@

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