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26 abril, 2012

Rosalba cria Conselho Político para avaliar o Governo e discutir estratégias

Henrique Alves, Agripino Maia, Rosalba e Garibaldi Filho, farão parte do Conselho, que terá também João Maia e Ricardo Motta.  (Foto: Arquivo)

Um grupo de lideranças políticas, formado por dois ex-governadores e atuais senadores, deputados federais, presidentes de partido e de Poder no Rio Grande do Norte, se reúne hoje, em Brasília, para avaliar o governo Rosalba Ciarlini (DEM) e traçar estratégias políticas e administrativas para o sistema governista.
O chamado Conselho Político é composto pela governadora Rosalba, o ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), o presidente nacional do DEM, senador José Agripino, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados e presidente do PMDB no RN, deputado Henrique Eduardo Alves, presidente do PR, deputado federal João Maia, e pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta (PMN).
Para hoje está previsto o início dos trabalhos deste Conselho, que terá papel consultivo. A reunião de instalação aconteceria hoje à tarde, aproveitando que todos se encontram em Brasília. “Será o início dos trabalhos, fazer uma avaliação e criar procedimentos. Definir como vai ser o condicionamento, os assuntos que vão ser abordados. Será uma reunião de instalação”, observa o deputado João Maia.
“Geralmente, governos procuram se cercar de aliados, para discutir estratégias, discutir questões centrais. O modelo é esse, não tem como fugir, é consultivo. É interessante por ser uma forma de ouvir opiniões sobre assuntos convergentes ou divergentes”.
Aliado do governo estadual, João Maia considera a ideia do conselho boa, especialmente no caso potiguar porque o grupo reúne políticos experientes. “Acho que é ideia muito boa porque dentro desse conselho tem dois integrantes que governaram o estado cada um por oito anos, Agripino e Garibaldi. Poder ouvir e pedir opinião, discutir com pessoas que têm essa experiência, para qualquer organização, privada ou pública, eu acho isso muito importante”.
HISTÓRICO
A ideia de um Conselho Político no governo do Estado não é nova. Data do ano passado, quando começaram as reclamações de concentração de poder, de que o secretariado não tinha prestígio estadual, tudo isso tendo vista a experiência exitosa implantada pelo presidente Lula em Brasília. No caso do RN, a ideia sempre volta quando a crise governamental se acentua.

Recentemente o líder do governo na Assembleia, deputado Getúlio Rego (DEM), revelou que sugeriu à governadora a criação deste conselho. Além de poder ser consultado sobre os problemas de relacionamento do governo com os deputados, os integrantes do conselho opinariam sobre os assuntos mais indigestos da administração.
Problemas administrativos de toda ordem, como resolvê-los, com ênfase para o setor de Agricultura, Segurança Pública, Social e de Desenvolvimento Econômico entrariam em pauta. A palavra final pertence à governadora Rosalba. Não é novidade que o governo está em crise, há setores travados, como o turismo, há mais de um mês sem secretário. Outros estão acéfalos há mais de 60 dias, como a Justiça e Cidadania.
Sem contar o eterno desequilíbrio nas finanças públicas, cuja choradeira já virou marca da gestão Rosalba Ciarlini. Entre especialistas, a ideia do Conselho também é vista como forma de descentralizar as decisões e os problemas, que hoje estariam concentrados na figura da governadora. “Em tese ela vai compartilhar as responsabilidades, muito embora a gente saiba que ninguém quer compartilhar o poder”, define um analista.
ELEIÇÕES
Embora seja um ambiente propício para conversas eleitorais, ficaria fora da pauta do Conselho Político assuntos relativos às eleições deste ano. A dinâmica da eleição municipal é própria de cada cidade. Além disso, a preocupação eleitoral com Rosalba é mínima porque ela estaria mais preocupada em realizar um bom governo, o que já está sendo difícil.

“Rosalba na situação atual não vai cair de cabeça nas eleições, falta dinheiro e imagem. Após a eleição deste ano, contudo, ela passaria para uma abordagem mais efetiva para atrair prefeitos aliados após eleitos. Partir para uma disputa municipal ferrenha teria que ter estrutura. Ela deve se dedicar a Natal, Mossoró, mas não vai se envolver em 167 municípios. Vai deixar as alianças serem construídas, atuar em municípios estratégicos, mas na maioria deve apenas observar”, define a analista.
Fonte: jh/rn.com.br
Gilv@n Vi@n@

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