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18 outubro, 2012

IBGE:


Uniões consensuais já representam mais de 1/3 dos casamentos no Brasil

Entre dez anos, o percentual de pessoas em relações estáveis subiu de 28,6% para 36,4%

Mais de um terço das uniões no Brasil são consensuais, sem casamento civil
As uniões consensuais, aquelas que se caracterizam quando há uma relação estável com ou sem contrato, já representam mais de 1/3 dos casamentos do Brasil. Esse tipo de união foi o único que teve aumento no país no período entre 2000 e 2010, subindo de 28,6% para 36,4%, segundo aponta o relatório “Censo Demográfico 2010: nupcialidade, fecundidade e migração”.
De acordo com o estudo, divulgado nesta quarta-feira (17) pelo IBGE, em 10 anos, reduziram-se os percentuais de pessoas que viviam unidas através do casamento civil e religioso (de 49,4% para 42,9%) e daquelas unidas apenas no religioso (de 4,4% para 3,4%). O percentual de casados apenas no civil também diminuiu, mas ligeiramente, passando de 17,5% em 2000 para 17,2% em 2010.
Em relação às uniões consensuais, o aumento foi registrado em todos os estados, com destaque para os localizados nas regiões Norte e Nordeste. No Amapá, por exemplo, o percentual de pessoas que vivem em união consensual atingiu 63,5%, o maior do Brasil. Em seguida, estão Roraima (57%) e Pará (55,6%).
Para o IBGE, o aumento deste tipo de união pode estar relacionado aos elevados custos das celebrações tradicionais de casamento. Um indício desse fator pôde ser visto quando o parâmetro de análise foi o rendimento. A união consensual é a mais representativa entre as pessoas com renda per capita até meio salário mínimo (48,9%). Nas demais faixas de rendimento, esse tipo de união fica na segunda posição, atrás do casamento civil e religioso.
O estudo do IBGE aponta ainda que a união consensual é o tipo de casamento mais escolhido entre pessoas até 39 anos. Após 40 anos, a união civil e religiosa é mais frequente. O levantamento mostra também que o estado conjugal é influenciado por convicções religiosas. A união consensual é mais frequente entre pessoas que se declaram como sem religião (59,9%). Entre católicos (37,5%) e evangélicos (26,5%) o número de pessoas que optam por esse tipo de relação estável também é alto, mas perde para o modelo tradicional do casamento civil e religioso – 44,7% e 46%, respectivamente.
Fonte: IBGE
Gilv@n Vi@n@

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