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29 agosto, 2012

Julgamento do mensalão obriga ministros a dar 'expediente extra' no STF

O caso é o maior da história do Supremo e deve ser concluído no fim de setembro ou se estender até o início de outubro

Ministros do STF são obrigados a dar expediente 'extra' por conta do maior julgamento da história do STF
O julgamento do mensalão entra nesta quarta-feira (29) em seu 16º dia e já pode ser considerado o caso mais extenso já julgado em toda a história do Supremo Tribunal Federal (STF). Nem mesmo debates sobre questões consideradas mais polêmicas, como o aborto de anencéfalos, demandaram tanto tempo.
Existe hoje no Supremo uma preocupação com a extensão deste julgamento. Os ministros reclamam que, por conta de um processo específico, eles foram obrigados a diminuir o ritmo de análise de outros casos ou precisam dar “expediente extra” pela noite para dar seguimento à tramitação de outros processos em curso na Suprema Corte.
A Corte demorou duas sessões para autorizar o aborto nesses casos e outras três para liberar a aplicação a Lei da Ficha Limpa nas eleições municipais deste ano. A legalização da união estável homafetiva levou duas sessões e a autorização para pesquisas com células-tronco embrionárias três. Esse último caso, foi considerado pelo decano do Supremo, o ministro Celso de Mello, o mais importante julgado nos últimos anos no STF.
Em 1994, quando o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi julgado pelo Supremo, os ministros demoraram quatro sessões para dar um veredicto. Na época, a favor da absolvição de Collor. Em outros julgamentos importantes, o Supremo demorou no máximo cinco sessões para dar uma decisão.
Nas primeiras projeções do presidente da corte, Ayres Britto, o julgamento do mensalão demoraria em torno de 24 sessões entre os meses de agosto e setembro. Hoje, fala-se nos bastidores que o caso pode se estender até o início de outubro, dependendo dos novos debates dos ministros. Na prática, o julgamento do mensalão vai consumir até dez vezes mais sessões que outros embates considerados pelos próprios ministros mais polêmicos e mais “relevantes para a sociedade”, conforme o ministro Marco Aurélio de Mello.
O relator do processo, Joaquim Barbosa, admite que os votos dos demais ministros na sessão de segunda-feira ajudaram a dar celeridade no julgamento. Ele projetou para o final de setembro o término do julgamento. Essa primeira fase, relacionada à participação do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara dos Deputados; do publicitário Marcos Valério, suposto operador do mensalão; dos seus sócios na época Ramon Hollerbach e Cristiano Paz; e do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato no mensalão é considerada a fase mais complexa do julgamento, pelos próprios ministros do Supremo.
Nesta quarta-feira, o ministro Cezar Peluso dará seu voto em relação a esses cinco indiciados. Existe ainda uma dúvida se ele vai se pronunciar com relação aos outros 32 acusados, o chamado voto antecipado. Também devem falar nesta quarta-feira ou na quinta, os ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Ayres Britto. A expectativa é que essa primeira fase termine essa semana. Mas ela também pode ser concluída nesta quarta-feira, caso Peluso se pronuncie apenas em relação aos cinco primeiros réus.
Fonte:  Wilson Lima - iG Brasília
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