Centenas de trabalhadores, dos setores público e privado, repudiaram enrolação do governo. Pressão da categoria deve aumentar
A pressão da CUT-DF e dos servidores públicos federais da região continua grande para que o governo negocie, em nível nacional, com a categoria. Na tarde desta segunda-feira (30), centenas de trabalhadores, dos setores público e privado, se uniram à Central no ato em defesa da luta do funcionalismo público. Faixas, apitos, palavras de ordem e muita disposição de luta mostraram à sociedade os motivos da paralisação dos trabalhos do serviço público e ao governo a capacidade de organização da classe trabalhadora.
Logo pela manhã, algumas agências do Banco Itaú foram fechadas. Além de pedir o fim da precarização dos direitos dos bancários, a ação – realizada pelo Sindicato dos Bancários, Vigilantes e Sindesv – apoiou a luta dos servidores públicos federais.
Às 16h, inúmeras bandeiras vermelhas foram agitadas na rodoviária do Plano Piloto. Na atividade, integrada por diversos sindicatos cutistas, foram distribuídos à sociedade panfletos sobre os motivos da greve e a necessidade de se atender a pauta de reivindicação dos servidores públicos federais. Na plataforma inferior da rodoviária, o SindiSaúde preparou atendimento médico, jurídico e psicológico à população. “Essa também é uma forma de mostrar para a sociedade e para o governo que os trabalhadores da Saúde no DF apoiam a luta dos servidores públicos federais para que possamos ter, de fato, um serviço público de qualidade”, afirmou a dirigente sindical do SindiSaúde e da CUT-DF, Marli Rodrigues.
Os manifestantes ainda ocuparam parte do acesso dos ônibus à rodoviária. Em marcha, os trabalhadores revezaram o microfone para explicar para a sociedade o motivo da greve dos servidores públicos, além de reforçar o apoio da CUT-DF e dos sindicatos filiados à luta do funcionalismo. “A CUT-DF e os sindicatos filiados vieram às ruas mostrar para o governo que temos capacidade de organização e podemos parar essa cidade. Nossa luta vai além da garantia de salários dignos aos servidores públicos, queremos a valorização do servidor e a consequente valorização do serviço público. Nossa pressão continuará até que governo negocie com o funcionalismo”, afirmou o presidente da CUT-DF, Rodrigo Britto.
Os manifestantes ainda ocuparam por alguns minutos a pista paralela à rodoviária do Plano Piloto – sentido Congresso Nacional. Debaixo do semáforo, os trabalhadores estenderam faixas em apoio à greve do funcionalismo. De lá, os manifestantes seguiram pelo Eixo Sul até o Conic, onde o ato em defesa da luta dos servidores públicos federais foi finalizado.
Nesta terça-feira, 31, Dia Nacional de Luta, mais uma vez o DF se organizou para marchar e pressionar o governo a atender a pauta de negociação apresentada pelos servidores públicos federais. Desta vez, os manifestantes se concentraram às 9h30 na Catedral e desceram em marcha pela Esplanada dos Ministérios.
A promessa do governo federal é de que os servidores públicos federais teriam uma resposta sobre a pauta de reivindicação ainda nesta terça-feira, 31. Entretanto, o ministério do Planejamento cancelou todas as reuniões com os representantes dos servidores e afirmou que novos encontros só serão agendados a partir de 13 de agosto. Os servidores públicos federais tentam negociar a pauta de reivindicações desde janeiro deste ano.
Fonte: CUT-DF
Gilv@n Vi@n@
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