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18 junho, 2012

Defensores de parto domiciliar fazem passeata em 11 capitais

Manifestantes defendem o direito de escolha do local do parto pela mulher grávida
Dezenas de pessoas participam neste domingo da Marcha do Parto em Casa, que acontece em pelo menos 11 capitais, Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES). O movimento protestar contra o aumento no número de partos cesarianos e defende o direito de escolha do local do parto pela mulher grávida.

Em Salvador, cerca de 150 pessoas, médicos, enfermeiras, grávidas e familiares percorreram um trecho de pouco mais de 500 metros da orla, com cartazes, faixas, carro de som e apitos. O ato também é contra o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), que ofereceu denúncia, na semana passada, contra o médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Jorge Kuhn, que, em matéria realizada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo dia 10, se manifestou favorável ao parto domiciliar.
"Esse cerceamento da liberdade remete aos sombrios tempos da ditadura militar e não pode ser admitido na atual sociedade... Não é possível admitir o arbítrio e calar-se diante de tamanha ofensa ao direito individual", diz uma carta aberta distribuída à população pelos organizadores do evento. Com palavras de ordem, os manifestantes defendiam a importância do aconchego doméstico para a criança que chega ao mundo e repetiam: "Não acreditem em qualquer conselho".
Grávida participa da Marcha do Parto em Casa, que aconteceu neste domingo no Parque da Cidade, em Brasília
Uma das líderes do movimento, a professora de Yoga para gestantes Anne Sobotta garante que, embora o movimento ainda seja modesto na Bahia, começa a ganhar a simpatia da população. Ela disse que os presentes à caminhada foram convidados unicamente por meio das redes sociais.
Entre os presentes estava a médica pediatra Josete Barroca Fontes, acompanhada pelo filho Felipe Barroca Fontes Cunha, de 28 anos, que, segundo ela, nasceu em casa. A pediatra comentou que o marido, Cláudio Leal Cunha, médico obstetra, já falecido, fora pioneiro no acompanhamento de parturientes durante o parto natural em casa.
Também integrando o grupo estava a bailarina Joana Pinto, exibindo um barrigão de mais de oito meses, onde se podia ler "eu quero nascer em casa". Outro forte defensor dessa modalidade de parto era o professor universitário Ivan Maia. Ele carregava um cartaz no qual afirmava: "Eu apoiei. Meu filho nasceu em casa". O ato terminou no farol da Barra, com alguns discursos explicativos proferidos por médicos humanistas.
* Com informações da Agência Estado
Gilv@n Vi@n@

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