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24 setembro, 2012

CIÊNCIA & MÚSICA:


Aulas de música na infância valem para a vida toda, dizem cientistas

Estudo mostra que crianças que aprendizado pode levar a mudanças no cérebro que persistem anos após a interrupção das classes

Uma lição para sempre: ondas cerebrais registram formação musical feita na infância
Quando as crianças aprendem a tocar um instrumento musical, elas reforçam uma série de habilidades auditivas. Estudos recentes sugerem que esses benefícios se estendem por toda a vida, pelo menos para aqueles que continuam envolvidos com música.
Porém, um estudo publicado no mês passado foi o primeiro a mostrar que ter aulas de música na infância pode levar a mudanças no cérebro que persistem anos após a interrupção das aulas.
Pesquisadores da Universidade Northwestern gravaram as respostas auditivas do tronco encefálico de estudantes universitários – isto é, as suas ondas elétricas cerebrais – em reação a sons complexos. O grupo de estudantes que relatou ter tido uma formação musical durante a infância apresentou respostas mais robustas – o seu cérebro conseguiu identificar elementos essenciais, como afinação, nos sons complexos quando eles foram submetidos aos testes. E o mesmo ocorreu inclusive quando os estudantes haviam parado de estudar música há anos.
De fato, os cientistas estão desvendando as conexões entre a formação musical na infância e a aprendizagem baseada na linguagem – por exemplo, a leitura. Aprender a tocar um instrumento pode conferir alguns benefícios inesperados, sugerem estudos recentes.
Não estou falando do "efeito Mozart", a alegação de que ouvir música clássica pode melhorar o desempenho das pessoas em testes. Refiro-me, sim, a estudos sobre os efeitos de um envolvimento ativo e da disciplina. Esse tipo de formação musical melhora a capacidade cerebral de discernimento entre os componentes do som – a altura, o duração e o timbre.
"Para aprender a ler, é preciso ter boa memória operacional, a capacidade de distinguir os sons da fala, de fazer conexões entre sons e significados", disse a professora Nina Kraus, diretora do Laboratório de Neurociência Auditiva da Universidade Northwestern. "Cada uma dessas coisas parece realmente ser reforçada pelo envolvimento ativo com um instrumento musical."
A habilidade de apreciar as qualidades sutis do som, mesmo em meio a um fundo confuso e barulhento, revela-se importante não só para a criança aprender a compreender a fala e a linguagem escrita, mas também para uma pessoa idosa que sofre de perda auditiva.
Em uma pesquisa realizada com pessoas que continuam a tocar instrumentos, publicada neste trimestre, pesquisadores descobriram que, à medida que os músicos envelhecem, eles vivenciam o mesmo declínio na audição periférica – o funcionamento dos nervos auditivos – vivenciado pelos não músicos. No entanto, os músicos mais velhos preservam as funções cerebrais, as habilidades de processamento auditivo central que podem ajudá-los a compreender uma fala no contexto de um ambiente barulhento.
"Nós muitas vezes nos referimos ao problema do 'fenômeno da festa de coquetel' – imagine ir a um restaurante onde um monte de pessoas fala ao mesmo tempo", disse Claude Alain, diretor assistente do Instituto de Pesquisa Rotman, em Toronto, e um dos autores do estudo. "Os adultos mais velhos que tiveram aulas de música têm melhor desempenho na compreensão de falas em testes de ruído – eles usam mais o cérebro, não o sistema auditivo periférico."
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, têm abordado a ambientação sonora de um ponto de vista diferente, estudando a genética do 'ouvido absoluto' –- a capacidade ideal de identificar qualquer tom. Jane Gitschier, professora de medicina e pediatria que coordena a pesquisa, tem tentado,
Fonte: The New York Times
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