Os professores da rede municipal de ensino, em greve desde o início deste mês, seguem realizando protestos contra os desmandos da administração municipal. Nesta terça-feira, a categoria realizou ato público em frente à Câmara Municipal.
Vestidos com roupas de cor preta, os trabalhadores simularam o enterro da atual gestão municipal.
O manifesto iniciou-se às 8h, com a concentração dos servidores em frente ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM). De lá, os grevistas saíram caminhando pelas ruas do centro da cidade carregando um caixão.
Durante a caminhada, os servidores passaram em frente ao Palácio da Resistência, sede da Prefeitura de Mossoró, e depois seguiram para Câmara Municipal.
Segundo Marilda Sousa, presidenta do SINDISERPUM, a prefeita vem usando artifícios vis para tentar alterar a Lei e acabar com o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério (PCCR-M). E acrescentou que o propósito do protesto na Câmara foi tentar impedir a votação do Projeto de Lei, elaborado pelo Poder Executivo, que reformula os pisos salariais da categoria.
"Estamos aqui na Câmara porque queremos que o Legislativo cumpra sua função constitucional de fiscalizar os desmandos da administração municipal. Não podemos permitir que a Câmara se transforme numa extensão da prefeitura", frisa.
Gilberto Diógenes, vice-presidente do SINDISERPUM, destaca que os atos públicos realizados pela categoria têm o objetivo de chamar atenção da população para a situação vivenciada pelos profissionais da educação.
"Nós professores gostaríamos de estar em sala de aula, mas estamos aqui, única e exclusivamente por culpa da gestão municipal", afirma.
A greve da educação é um protesto contra a decisão da prefeitura de se recusar a pagar o piso nacional do magistério, alegando impossibilidade de oferecer o reajuste de 22,22%, sob alegativa de a folha de pagamento estar no limite prudencial.
“Isso é balela, porque o piso não entra na Lei de Responsabilidade Fiscal, porque foi um direito conquistado”, destaca Marilda Sousa.
Fonte: sindiserpum.com.br
Gilv@n Vi@n@
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