ASSEMBLEIA GERAL DO SINDSPUMC, NESTE SÁBADO 04/O7 AS 09h NA SEDE SOCIAL DO SINDSPUMC

22 setembro, 2012

CASA PRÓPRIA:

Melhoria na renda da população reduziu o nível de desigualdade social e ampliou o poder de consumo

Apenas 17,3% das residências são alugadas e 7,5% moram de favor, segundo o IBGE. Entre 2009 e 2011, País passou a ter mais 2,7 milhões donos de domicílios

Mônica Neves mora em imóvel alugado, mas quer sua casa própria
Para a administradora carioca Ana Paula Azevedo, 30 anos, ter uma casa própria era “condição primordial” para poder se casar. Ela juntou dinheiro com o marido, Anderson Souza, usou o FGTS e um financiamento e há dois anos mora em um apartamento de dois quartos no Méier, bairro da zona norte do Rio onde cresceu e ainda vive sua família.
Pode ser surpresa para muitos, mas, como para Ana Paula, a casa própria já não é só um sonho para a maioria, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 
A PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) aponta que 75% dos domicílios já eram imóveis próprios de seus moradores em 2011 - sendo 70% deles quitados e 4,7% sendo comprados. Os alugados são apenas 17,3%, e os cedidos (de favor) 7,5%.
O número de domicílios próprios representa 45,8 milhões de residências do total de 61 milhões de domicílios identificados pela pesquisa. Entre 2009 e 2011, mais 2,7 milhões de domicílios próprios foram comprados. Parte disso pode ser explicado pela melhoria da economia e nas concessões de crédito e por projetos governamentais, como o "Minha Casa, Minha Vida".
"Os juros baixos foram um grande incentivo para eu comprar o imóvel. Não queria investir em algo sem retorno. Com o valor que usaria no aluguel preferi pagar a parcela do apartamento", contou Ana Paula.
A maior proporção de residências próprias foi identificada na Região Norte, onde 78,5% são próprios, e a menor no Centro-Oeste, que tem 65,6%.
Mesmo no Sudeste, região do eixo- Rio-São Paulo com imóveis com preço mais alto (R$ 4.656 e R$ 6.030 o metro quadrado, respectivamente) que a média do País, os domicílios próprios passaram de 71,8% para 73,4%, em acréscimo de 1,2 milhão de unidades em dois anos.
O crescimento mesmo não havendo sinal de queda no preço dos imóveis , que continuavam em tendência de alta no fim de 2011, em tendência que vinha desde 2009.  Rio de Janeiro e Recife apresentavam as principais altas, chegando o preço de apartamentos novos a variar 18% e usados 20%, entre abril e outubro de 2011.
Como nem todos ainda têm seu próprio imóvel, esse sonho continua vivo para muitos.
A babá Mônica Neves Oliveira, 35, mora de aluguel, como os habitantes de 17,3% dos domicílios. Ela ainda não faz parte dessa maioria de moradores de domicílios e ainda não tem imóvel próprio. “Mas é o meu objetivo principal.Espero conseguir comprar um, financiado, em cinco anos. ”
Ela paga aluguel e mora em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Nos dias de folga, divide o tempo entre Caxias e Jaconé, em Maricá, onde fica na casa dos pais, que também têm domicílio na Baixada.
No período entre 2009 e 2011, caiu o percentual de domicílios “cedidos” no Brasil. Esse tipo de habitação representava 8,9% do total e passou a 7,5%.
Como no caso dos que vivem “de aluguel”, muitos desses ainda desejam a casa própria. É o caso da assistente administrativa Erica Silva, 32, que mora em uma casa em nome de seu pai, no mesmo terreno de outros três imóveis dos pais, em Bangu, zona oeste do Rio. Sua residência é uma das 4,6 milhões (7,5% do total) no País cedidas.
Embora viva bem ali e não precise pagar aluguel – só as contas de luz e água –, ela pretende comprar um imóvel próprio, no futuro, em busca de independência. “Quero ser independente e viver no meu canto. Hoje minha mãe me ajuda muito com minha filha de 8 anos e ainda não tenho como pagar um imóvel”, explicou.
Fonte: iG/RJ
Gilv@n Vi@n@

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