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25 julho, 2012

CULTURA: Projeto “Leituras Dramáticas – O Exercício da Palavra” apresenta comédia de Paulo Jorge Dumaresq


A terceira edição do projeto “Leituras Dramáticas - O Exercício da Palavra”, realização da Secretaria Extraordinária de Cultura do RN (Secult/RN) e Fundação José Augusto (FJA), apresenta na próxima quinta-feira (26), às 20 horas, no Teatro de Cultura Popular (TCP), a comédia “Os Patrões”, de Paulo Jorge Dumaresq, com direção cênica de Márcio Otávio Saes. A entrada é franca.
Coordenado pela atriz e diretora do TCP, Sônia Santos, o projeto já trouxe a lume em maio deste ano o texto “À Luz da Lua, os Punhais”, de Racine Santos, com direção cênica de Makarios Maia, e “Antes da Noite”, de Makarios Maia, com a assinatura de Robson Haderchpek.
O projeto visa privilegiar a dramaturgia do Estado e seus grandes nomes, ao homenagear mensalmente, de maio de 2012 a maio de 2013, um dramaturgo potiguar ou radicado no estado. Além das leituras mensais, realizadas por atores, diretores e convidados, o projeto terá uma segunda etapa, que publicará os textos lidos dentro de uma coleção específica.
Escrita em 1995 e inédita nos palcos natalenses, a comédia conta no elenco com Camilla Natasha (Greicinha), Carminha Medeiros (Eloá), Clara Menezes (Cacilda), Crésio Torres (Fausto), Fátima Arruda (Marli), Stefano Alves (Queiroz), Valdelice Araújo (Marfisa) e Victor Ferreira (Otávio).
No Brasil, a peça foi apresentada nas cidades de Andrelândia, Boituva, Conceição do Araguaia, Carapicuíba, Conselheiro Pena, Cornélio Procópio, Curitiba, Goiânia, Mossoró, Osasco, São João da Boa Vista e São Paulo. Em Portugal, “Os Patrões” obteve reconhecimento nas freguesias de Alpedrinha, Évora, Marinha Grande, Massarelos, Patalha, Pocariça, Vieira de Leiria e Vila Nova de Outil.  Em Angola, a comédia foi aplaudida na capital Luanda.
Os Patrões 
Encenada em três continentes (América do Sul, Europa e África), a peça “Os Patrões” tem inspiração na comédia de costumes burguesa e propõe o equilíbrio entre os elementos logos (texto), pathos (ação) e ethos (conteúdo). A obra busca, entre outros escopos, reavivar o debate sobre a secular luta de classes protagonizada por empregador x empregado, não perdendo de vista a condição humana dos personagens. Com um ritmo propositalmente vertiginoso, a peça também estabelece analogia com o andamento frenético do mundo moderno.
O conflito eclode quando a empregada doméstica Cacilda descobre que a patroa Marli mantém relacionamento amoroso com o motorista Queiroz. Revoltada com o tratamento dispensado pela patroa, Cacilda passa a chantagear Marli com o intuito de conquistar o marido da madame. Adicione-se, ainda, a suposta gravidez da adolescente Greicinha, filha de Marli e do empresário Fausto Boaventura. A partir desse ponto a trama assume proporções inusitadas com a instalação de um campo de batalha na mansão dos Boaventura, que inclui a tentativa de assassinato da própria Cacilda, ante a perspectiva de delação. A lei do desejo é, por vezes, dura e cruel.
Após sobreviver a acidente aéreo, o empresário Fausto Boaventura retorna ao lar já sabedor do que se passara na sua ausência. Para surpresa de todos, ele revela que mandava filmar os encontros amorosos da mulher com o fito de inflamar a relação, soterrando o sonho da empregada.
Fonte: tribunadenoticias.net
Gilv@n Vi@n@

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