A terceira edição do projeto
“Leituras Dramáticas - O Exercício da Palavra”, realização da Secretaria
Extraordinária de Cultura do RN (Secult/RN) e Fundação José Augusto (FJA),
apresenta na próxima quinta-feira (26), às 20 horas, no Teatro de Cultura Popular
(TCP), a comédia “Os Patrões”, de Paulo Jorge Dumaresq, com direção cênica de
Márcio Otávio Saes. A entrada é franca.
Coordenado pela atriz e diretora do
TCP, Sônia Santos, o projeto já trouxe a lume em maio deste ano o texto “À Luz
da Lua, os Punhais”, de Racine Santos, com direção cênica de Makarios Maia, e
“Antes da Noite”, de Makarios Maia, com a assinatura de Robson Haderchpek.
O projeto visa privilegiar a
dramaturgia do Estado e seus grandes nomes, ao homenagear mensalmente, de maio
de 2012 a maio de 2013, um dramaturgo potiguar ou radicado no estado. Além das
leituras mensais, realizadas por atores, diretores e convidados, o projeto terá
uma segunda etapa, que publicará os textos lidos dentro de uma coleção
específica.
Escrita em 1995 e inédita nos palcos
natalenses, a comédia conta no elenco com Camilla Natasha (Greicinha), Carminha
Medeiros (Eloá), Clara Menezes (Cacilda), Crésio Torres (Fausto), Fátima Arruda
(Marli), Stefano Alves (Queiroz), Valdelice Araújo (Marfisa) e Victor Ferreira
(Otávio).
No Brasil, a peça foi apresentada nas
cidades de Andrelândia, Boituva, Conceição do Araguaia, Carapicuíba,
Conselheiro Pena, Cornélio Procópio, Curitiba, Goiânia, Mossoró, Osasco, São
João da Boa Vista e São Paulo. Em Portugal, “Os Patrões” obteve reconhecimento
nas freguesias de Alpedrinha, Évora, Marinha Grande, Massarelos, Patalha,
Pocariça, Vieira de Leiria e Vila Nova de Outil. Em Angola, a comédia foi
aplaudida na capital Luanda.
Os Patrões
Encenada em três continentes (América
do Sul, Europa e África), a peça “Os Patrões” tem inspiração na comédia de
costumes burguesa e propõe o equilíbrio entre os elementos logos (texto),
pathos (ação) e ethos (conteúdo). A obra busca, entre outros escopos, reavivar
o debate sobre a secular luta de classes protagonizada por empregador x
empregado, não perdendo de vista a condição humana dos personagens. Com um
ritmo propositalmente vertiginoso, a peça também estabelece analogia com o
andamento frenético do mundo moderno.
O conflito eclode quando a empregada
doméstica Cacilda descobre que a patroa Marli mantém relacionamento amoroso com
o motorista Queiroz. Revoltada com o tratamento dispensado pela patroa, Cacilda
passa a chantagear Marli com o intuito de conquistar o marido da madame.
Adicione-se, ainda, a suposta gravidez da adolescente Greicinha, filha de Marli
e do empresário Fausto Boaventura. A partir desse ponto a trama assume
proporções inusitadas com a instalação de um campo de batalha na mansão dos
Boaventura, que inclui a tentativa de assassinato da própria Cacilda, ante a
perspectiva de delação. A lei do desejo é, por vezes, dura e cruel.
Após sobreviver a acidente aéreo, o
empresário Fausto Boaventura retorna ao lar já sabedor do que se passara na sua
ausência. Para surpresa de todos, ele revela que mandava filmar os encontros
amorosos da mulher com o fito de inflamar a relação, soterrando o sonho da
empregada.
Fonte: tribunadenoticias.net
Gilv@n Vi@n@
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