Estudante brasileiro que conseguiu maior pontuação da equipe descobriu as Olimpíadas de Conhecimento há dois anos. Medalha de prata vai para o MIT em agosto
O estudante paulista Rodrigo Sanches Ângelo, de 16 anos, que levou a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática (IMO) participou pela primeira vez da competição. Estreante no IMO, Rodrigo descobriu as olimpíadas para estudantes há pouco tempo, quando ingressou em um colégio focado em preparar estudantes para os vestibulinhos das escolas federais de ensino médio. “Participei da Olimpíada Nacional de Matemática de 2010, quando estava no 9º ano do ensino fundamental. Até então não sabia que existia este tipo de competição”, conta.
Detalhe da medalha de ouro de Rodrigo Sanches Ângelo, a 9ª conquistada pelo País em 33 anos |
As provas da IMO foram realizadas nos dias 10 e 11 de julho, em Mar
del Plata, na Argentina. Rodrigo conquistou 28 pontos de um máximo de
42, e atingiu a nota corte para receber a medalha de ouro. Foram
distribuídas outras 50 medalhas de ouro e 551 estudantes fizeram as
provas. Os vencedores tinham na maioria tinha 19 anos (idade limite) e
participavam da competição pela segunda ou terceira vez.
Em sua primeira competição nacional, Rodrigo conquistou o
bronze e uma bolsa de estudos no Colégio Etapa. Em 2011, ganhou medalha
de prata e foi selecionado para a equipe brasileira da Olimpíada
Internacional de Matemática. Ele também já participou de outras duas
competições internacionais: Rioplatense e Romanian Master. “Pretendo
fazer faculdade de matemática, mas ainda tenho um ano para decidir se
será este curso mesmo”, diz.
Veteranos
Na equipe brasileira havia veteranos como João Lucas Camelo Sá,
18 anos, que participou pela terceira vez da competição. O estudante de
Fortaleza (CE) levou medalha de prata e de malas prontas para o
Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde começará a estudar em
agosto.
O estudante que já perdeu as contas de quantas olimpíadas
participou calcula ter mais de 20 medalhas, entre competições
internacionais e nacionais. “É muito legal participar de olimpíada, você
acaba entrando em contato com um monte de gente, faz amigos e é um
desafio bem interessante, porque foge ao padrão da sala de aula. Você
tem que raciocinar mesmo”, conta.
Em cada dia, os participantes resolveram três problemas, com
valor de sete pontos cada, aplicados em 4 horas e meia de prova. A
resolução destes problemas requer mais criatividade, engenho e
habilidade em matemática do que conhecimentos e fórmulas aplicadas. O
desempenho da equipe brasileira garantiu o 19º lugar entre os 100 países que participaram da competição. Na edição anterior, o País havia ficado na 20ª posição, com três medalhas de prata e três de bronze e, em 2010, com duas pratas e um bronze, estava em 35º lugar.
Desde 1979, o Brasil conquistou nove ouros, sendo que o ouro
máximo, com 42 pontos, foi atingido somente por duas pessoas: Nicolau
Saldanha, hoje professor de Matemática da PUC-Rio, e Ralph Costa
Teixeira, também professore de matemática, mas da Universidade Federal
Fluminense (UFF).
Fonte:
iG São Paulo
Gilv@n Vi@n@
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