O governador de Goiás, Marconi Perillo, falará amanhã aos integrantes da CPI do Cachoeira. E o do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, no dia seguinte. Na quinta-feira, o colegiado deve votar a convocação de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Dnit
Marconi Perillo responderá a perguntas sobre a venda da casa onde Cachoeira foi preso | Agnelo Queiroz será questionado acerca de contratos com a Delta para recolhimento de lixo |
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga Carlinhos Cachoeira terá uma semana decisiva, com o depoimento dos governadores Marconi Perillo (PSDB) e Agnelo Queiroz (PT). Deputados e senadores também têm reunião marcada para votação de requerimentos, entre os quais os que pedem a convocação do ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot e do dono da Delta Construções, Fernando Cavendish.
O primeiro compromisso da CPI será amanhã, quando vai ser ouvido o governador de Goiás, Marconi Perillo. O depoimento está marcado para as 10h15, na sala 2 da Ala Nilo Coelho. Marconi terá de esclarecer detalhes da venda de uma casa sua onde Cachoeira foi preso pela Polícia Federal (PF), em fevereiro deste ano, durante a Operação Monte Carlo.
A CPI já ouviu duas pessoas sobre o assunto. O ex-vereador Wladimir Garcez declarou que comprou a residência de Marconi. Mas, como não dispunha do R$ 1,4 milhão cobrado, tomou o dinheiro emprestado com Cachoeira e com Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta no Centro-Oeste. A compra teria sido efetivada com três cheques, os quais, segundo a PF, foram assinados por um sobrinho de Cachoeira.
Na semana passada, o empresário Walter Paulo Santiago deu outra versão para o negócio, afirmando que comprou a casa pagando R$ 1,4 milhão em dinheiro vivo, em notas de R$ 50 e R$ 100. Segundo Walter, a compra se deu por intermédio de Wladimir Garcez e o dinheiro foi entregue a ele e a Lúcio Fiúza Gouthier, então assessor do governador. Fiúza foi exonerado na quarta-feira.
Nesta semana, o advogado de Marconi, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o governador fez a venda do imóvel de forma legal, recebeu os cheques de Wladimir Garcez e apenas os depositou, sem, no entanto, preocupar-se de quem eram.
Outra questão a ser explicada pelo governador diz respeito à denúncia do radialista Luiz Carlos Bordoni de que teria recebido dinheiro da Alberto & Pantoja Construções como pagamento por serviços prestados à campanha de Marconi para o governo de Goiás. Segundo a polícia, a Pantoja é uma empresa de fachada do esquema de Cachoeira, para lavagem de dinheiro.
Os parlamentares também devem fazer perguntas sobre Eliane Pinheiro, ex-chefe de gabinete de Marconi.
Segundo a PF, ela mantinha contato com Cachoeira e recebeu informações sobre investigações de políticos.
Gravações telefônicas revelaram que Eliane avisou o prefeito de Águas Lindas (GO), Geraldo Messias, aliado de Marconi, que agentes fariam uma busca na residência dele. Após a divulgação das gravações, Eliane pediu exoneração.
Fonte: senado.gov.br
Gilv@n Vi@n@
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