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11 junho, 2012

Esquerda vence o 1º turno das eleições parlamentares na França

 Com 94% da apuração concluída, Partido Socialista e seus aliados obtiveram de 40% a 46% dos votos, enquanto os conservadores da União pelo Movimento Popular (UMP) tiveram 34%

O Partido Socialista e seus aliados de esquerda venceram neste domingo o primeiro turno das eleições legislativas francesas. Eles obtiveram 46% dos votos, com 94% da apuração concluída, disse o ministro do Interior, Manuel Valls - isso se for computada também a votação do partido de extrema-esquerda. Mesmo sem ela, o PS francês alcançaria cerca de 40% dos votos. 
O resultado definitivo, com 100% da apuração, será conhecido oficialmente apenas hoje (11), garantiu o ministro, que felicitou o pleito que ocorreu "sem grandes incidentes".
Mulher beija presidente francês François Hollande depois dele votar neste domingo; vitória da esquerda sobre os conservadores
Os conservadores da União pelo Movimento Popular (UMP) e seus aliados alcançaram 34% dos sufrágios, enquanto a extrema direita Frente Nacional (FN) ficou com a terceira posição, com 13%, à frente do bloco da Frente de Esquerda, com 6,61%.
Os ecologistas, que tinham um pacto eleitoral com o PS para não se apresentarem nas mesmas divisões eleitorais, alcançaram 5,23% dos votos.
Segundo as projeções dos institutos de opinião, com esse resultado os socialistas podem conseguir a maioria absoluta na Câmara Baixa, embora também seja possível que tenham que recorrer aos votos dos ecologistas e da Frente de Esquerda. O segundo turno das legislativas ocorrerá em 17 de junho. A abstenção nesta primeira etapa ficou em torno de 43%, ou seja, 22 pontos acima da registrada nas eleições presidenciais deste ano, confirmando o desinteresse dos cerca de 46 milhões de eleitores nas urnas.
Como os socialistas já detêm o controle do Senado, a vitória socialista nas eleições da Assembleia Nacional (câmara baixa do Parlamento) daria ao líder francês um mandato para ousadas políticas fiscais e de gastos, com repercussões na Europa, continente que vive problemas de endividamento. Hollande deve apresentar um plano de orçamento revisado para o Parlamento no próximo mês.
Ainda não está claro quem conquistará o controle da Assembleia depois do segundo turno decisivo de 17 de junho, mas algumas tendências importantes surgiram. Apesar de uma considerável perda de apoio em comparação com as eleições de 2007, o partido de direita União por um Movimento Popular (UMP), do ex-presidente Nicolas Sarkozy, aparece empatado com o Partido Socialista, com cerca de 35% dos votos.
Mais cedo, ainda neste domingo, as agências de apuração TNS-Sofres, CSA, Ipsos e Ifop estimaram que os socialistas - e seus aliados - conquistaram entre 31% e 35% dos votos, enquanto a UMP obteve entre 34% e 35%. Mas as projeções mostram outros partidos de esquerda - que, espera-se, devem apoiar Hollande - alcançando entre 12% e 13% dos votos.
"É um bom resultado, mas temos de continuar mobilizados para o segundo turno", disse o chanceler Laurent Fabius, um socialista influente.
Os resultados das eleições parlamentares francesas poderiam ter repercussões para além das fronteiras do país, particularmente a pressão de Hollande contra as medidas de austeridade defendidas pela Alemanha para os governo europeus endividados.
Com EFE e agências internacionais
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