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02 março, 2013

PIB


PIB deve elevar salário mínimo para cerca de R$ 725 em 2014, diz Dieese

Projeção foi feita com base na previsão do INPC mais o crescimento do PIB em 2012

crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,9% em 2012 deve reajustar o salário mínimo em 2014 dos atuais R$ 678 para cerca de R$ 725, segundo o coordenador de relações sindicais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), José Silvestre. 
Ele explica que a regra do governo federal estabelece o aumento do salário mínimo com base em dois fatores: a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior e o crescimento do PIB nos últimos 24 meses. O governo federal tem a opção de arredondar o valor previsto. A projeção foi feita com o resultado do PIB definido em 0,9%, e estimativa para a inflação para 2013 em torno de 6%, segundo Silvestre.
RESULTADO EM 2012
A economia brasileira cresceu 0,9% em 2012, com ajuste sazonal, menos do que o 1,35% que o Banco Central projetara na semana passada. É o pior resultado desde 2009. De outubro a dezembro, a variação do PIB foi de 0,6% em relação ao trimestre anterior (julho a setembro). Em todo o ano passado, a riqueza produzida pelo País somou R$ 4,403 trilhões.

O resultado do último trimestre sugere uma leve recuperação da economia brasileira ao longo do ano (veja gráfico mais abaixo). Foi o melhor resultado trimestral de 2012. Para o economista-chefe da MB Associados, Sergio Valle, a economia parece estar retomando o fôlego, e os cenários ruins na agropecuária e na indústria não devem se repetir em 2013.
"Temos tido recuperação em todos os componentes do PIB. Do lado da oferta, os melhores resultados (em 2013) devem ser da indústria – o setor de automóveis em recuperação –, e a agropecuária, que não deve repetir o desempenho negativo de 2012. Teremos uma supersafra, que será favorável", diz Valle.
Na sua mensagem ao Congresso no início do ano, a presidente Dilma Rousseff havia dito que o crescimento do PIB em 2012 ficara aquém do esperado. Já o ministro Guido Mantega, em dezembro, considerava que no cenário pessimista a economia cresceria 0,8% no último trimestre do ano passado.

Colaborou: Vitor Sorano

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