A melhoria da qualidade do ensino exige mudança radical na formação dos professores, defendeu Guiomar Namo de Mello em audiência pública na Comissão de Educação
Guiomar Namo, Vander Borges, senador Paulo Bauer, Edgar Flexa Ribeiro e Heleno Araújo Filho: Plano Nacional de Educação |
Para a educação chegar a novo patamar de qualidade, será necessário mudar radicalmente a estrutura de formação dos professores do país, avaliou a educadora Guiomar Namo de Mello em audiência na Comissão de Educação (CE). Ela sugeriu que a formação seja feita em tempo integral, em centros de ensino especiais e regime de dedicação intensiva similar ao dos estudantes de Medicina nas residências médicas.
Nesses centros, estudantes de Pedagogia recuperariam conteúdos do ensino básico que não dominam, além de se transformarem em verdadeiros leitores e produtores de textos, com acesso ainda a experiências em outras linguagens. Os que necessitassem receberiam bolsa de estudos nesse período.
- Deixamos a profissão para quem cursou o ensino médio noturno. São eles que vão fazer cursos de Pedagogia e vão pagar caro por isso. Depois vão dar aula em escolas públicas e ainda serão culpados pela má qualidade que demos a eles. É uma impiedade o que estamos fazendo com os nossos professores - afirmou.
Coordenada pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC), a audiência tratou da valorização do magistério e deu sequência a uma série de debates em que a comissão antecipa a análise do novo Plano Nacional de Educação. O plano preparado pelo governo, que deverá valer para os próximos dez anos, ainda está em exame na Câmara.
Quanto à formação continuada, Guiomar sugeriu a definição nacional de diretrizes pedagógicas. A aprendizagem seria referenciada nos currículos escolares, naqueles conteúdos que o aluno deve saber e usando materiais preparados para esse fim. A União teria ainda a função de garantir assistência técnica e financeira para que estados e municípios elaborem programas para o desenvolvimento de seus professores.
Fonte: portal.mec.gov.br
Gilv@n Vi@n@
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