Novo estudo do Ministério da Saúde mostra que 15,8% dos brasileiros são obesos, o maior índice da história; 49% estão acima do peso.
A taxa de obesidade bateu recorde histórico no País. Novo estudo do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (10) mostra que o índice alcançou a marca de 15,8% da população, cerca de 30 milhões de pessoas. Na última pesquisa - referente ao ano 2010 - eles somavam 15%. Em 2006, a porcentagem era de 11,4%.
As mulheres superam ligeiramente os homens nesta estatística. Entre elas o índice de obesidade é de 16% e neles a marca chega a 15,7%. Além da obesidade, também foram divulgados os números de sobrepeso, quando os números da balança estão em desacordo com a altura (Índice de Massa Corpórea - IMC - maior do que 25). Esta condição já aproxima o risco de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares, e afeta quase metade da população, 49% do total.
O número cresce em média um ponto percentual por ano. Os homens, nesta categoria de sobrepeso, são os que mais estão acima do peso. Em 2006 eles representavam 47% da população, mas em 2011 o número cresceu para 52%. No sexo masculino, o problema começa cedo, revela o estudo. Na faixa dos 18 aos 24 anos, 29,4% já estão acima do peso. Entre elas, 45% apresentam IMC alto contra 39% em 2006, alta de seis pontos porcentuais.
“Agora é hora de reverter essa tendência se não quisermos chegar a patamares como os da Argentina, Chile e Estados Unidos”, afirmou o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que disse ser preciso evitar uma "geração de obesos".
O estudo é chamado de Vigilância de Fatores de Risco (Vigitel). Para chegar ao raio-X da obesidade, pesquisadores do Ministério ouviram, por meio de um inquérito telefônico, 54.144 pessoas, entre janeiro e dezembro do ano passado. Todos os pesquisados são maiores de 18 anos e moradores das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal.
Escolaridade
A pesquisa demonstrou a forte ligação entre escolaridade e excesso de peso. Mais da metade (52%) da população com menos de oito anos de estudo está acima do peso. O número cai para 47% entre quem tem mais de 12 anos de estudo.
A escolaridade, no entanto, tem efeito contrário quando o recorte é feito por sexo. Entre os homens mais escolarizados (mais de 12 anos de estudo), 60% estão com excesso de peso e 17% estão obesos. A taxa cai para 51% e 16% entre os menos escolarizados.
Com as mulheres, o fenômeno é inverso. Quanto mais escolarizadas e, segundo o ministério, com mais acesso a informação, mais magras são elas. Entre aquelas com mais de 12 anos de estudo, 35% estão fora do peso ideal e 20% obesas. O número sobe para 52% entre as menos escolarizadas.
Porto Alegre é a capital com mais pessoas acima do peso: 55%. Fortaleza aparece em segundo lugar, com 54% de prevalência. Duas capitais, Palmas e São Luiz, são as que tiveram menor número de pessoas com excesso de peso: 40% da população.
A obesidade é mais frequente em Macapá e Porto Alegre, com 21% e 20%, respectivamente. Novamente a capital do Tocantins, Palmas, aparece como a cidade com menos obesos (12,5%), seguida por Teresina (13%) e São Luís (13%).
Leia a história de brasileiros que venceram a obesidade
Fonte: http://saude.ig.com.br
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