ASSEMBLEIA GERAL DO SINDSPUMC, NESTE SÁBADO 04/O7 AS 09h NA SEDE SOCIAL DO SINDSPUMC

14 abril, 2012

A CARTA – de Cassiano Hipólito Fernandes

“LAPIDAR/DILAPIDAÇÃO/LAMENTO"

Sou Cassiano Hipólito Fernandes. Imitando Francileno Gois: sinto orgulho de ser Caraubense. Quando a telefonia fixa adotou o sistema DDD (discagem direta a distancia) eu batizei um aperitivo, que preparo ha 45 anos, de DDD (digestivo, diurético e divertido). Há outro DDD que me identifica: Discernimento, Dignidade e Disposição. Seria deselegante justificar o que me faz bater palmas para mim mesmo.
Fui convidado dia 29 de março para assistir a reunião da Câmara quando seria votada a venda de um imóvel público de nossa cidade. A minha presença tinha relação com a Banda de Música, pois a oposição, sendo contra a proposta, defendia a cessão do prédio para alojar a nossa agremiação de 141 anos, até hoje sem uma sede.
Estive antes no local (O Bonitão) e constatei que para a Banda não servia, mas, mesmo assim, convidei o maestro e juntos acompanhamos a votação. Cartas marcadas e pelo placar de quatro a dois nossos representantes trocaram um prédio na área nobre de Caraúbas, centro comercial e financeiro, por alguns metros de pavimentação de ruas. Pasmem, mas o propósito da venda foi conseguir recursos para a pavimentação. Pergunto: é mesmo a carência de recursos ou a influência do pretenso comprador? Na primeira hipótese, nem vendendo todos os imóveis públicos de Caraúbas consegue-se pavimentar o que falta. Caso seja a segunda, eu lamento. Não tenho dúvidas que se a renda oriunda do petróleo, desde o primeiro poço, tivesse sido usada em asfaltamento, até a área lindeira já estaria pavimentada. Sabe-se que saneamento básico incluindo calçamento é o maior desafio para mais de cinco mil municípios brasileiros, isso sem falar na área rural.
Nossa Caraúbas trocou o Coronelismo pelo falso Paternalismo. Há décadas que o poder de convencimento é dinheiro (na maioria dos casos, de origem duvidosa). Não se defende um projeto, ataca-se o adversário! No título coloquei palavras inquestionáveis; vejamos: a Diocese, por ato do Padre Lourenço, doou um quarteirão onde foi lapidada a Maternidade Elisa Simões que chegou a ser premiada como exemplo na assistência a infância. Cortes de verbas do SUS, ações trabalhistas e caraubenses torcendo pelo pior, dilapidaram-na; o CAIC, considerado o mais moderno de todo o Nordeste, dilapidou-se (virou escombro) por omissão dos poderes (EXECUTIVO e LEGISLATIVO). Aproveitando o espaço: aprendi no Seminário Salesiano onde passei três anos, que política, religião e futebol não se discutem. Um anônimo apoiado por outro se referiu ao que escrevi sobre a reforma (reforma?) da Praça Reinaldo Pimenta usando inadequadamente seu raciocínio. Outro, num documento apócrifo, demonstrou ignorar a realidade do terreno onde hoje resido. A propósito, tivesse eu doado, quem pode garantir que não teriam vendido? As críticas construtivas me fortalecem, as sem fundamento me entristecem e, as anônimas me enojam.
Caraúbas, 13 de abril de 2012.
Cassiano Hipólito Fernandes
Fonte: sociedadeativa.net
Gilv@n Vi@n@

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