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26 março, 2012

Falta preparo para combater a discriminação na escola, avalia a CNTE


Ainda falta muito para eliminar a discriminação no ambiente escolar. Essa foi a avaliação que a CNTE fez no Dia Internacional contra a Discriminação Racial, celebrado em 21 de março. De acordo com o Secretário de Politicas Sociais da Confederação, Marco Antônio Soares, o problema é o despreparo da maioria d@s professor@s, que não recebe suporte para se capacitar e ficar apto a falar sobre o tema. 
A criação da lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e cultura da África, é uma das principais politicas do governo para combater a discriminação. A legislação foi promulgada em 2003, há quase 10 anos. Mas, segundo Marco Antônio, mesmo após tanto tempo o material de formação dos professores está fora do alcance da maioria dos profissionais. "O material didático ainda é muito insuficiente. Vou te dar um exemplo clássico. A publicação de oito volumes que a Organização das Nações Unidas publicou no Brasil resgatando a história da África, cada volume são 102 reais. Então você imagina um professor da rede pública que não teve a história da África no curso superior, na sua formação inicial, ele não vai comprar. É proibitivo esse valor", afirma o dirigente.
Marco Antônio lembra que o Ministério da Educação enviou um volume dessa coleção para locais estratégicos, como as bibliotecas das escolas públicas. Mas segundo ele, a distribuição do material não foi acompanhada de capacitação adequada dos professores. "Nós deveríamos ter uma política de formação continuada específica sobre o tema, popularizada, o que não tem hoje. Então, se eu quiser me apropriar da história da África de modo decente, eu vou ter que investir mais oitocentos reais do meu bolso, e eu não vou ter com quem fazer o debate, para ver se o entendimento que eu tive daquela leitura é realmente correto", pondera o Secretário de Politicas Sociais da CNTE.
Para o Secretário de Politicas Sociais da CNTE, a realidade da maioria dos docentes do país, que precisa cumprir duas e até três jornadas devido aos baixos salários, também dificulta que eles tenham tempo para completar a formação necessária para abordar o racismo na sala de aula. 
Por CNTE, 21/03/12
Gilv@n Vi@n@

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