A organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) avalia que o Brasil precisa de mais profissionais de saúde e que seria necessário distribuir melhor os médicos pelo país e evitar que eles deixem as pequenas cidades em busca de trabalho nos grandes centros.
Um exemplo disso é o município de Baraúna. Com 25 mil habitantes, a Prefeitura está sofrendo para contratar médicos. O prefeito Aldivon Nascimento confirma que, mesmo oferecendo salário de R$ 10 mil, duas equipes do Programa Saúde da Família (PSF) estão sem profissionais. "Isso afeta a população, que fica sem atendimento e se sente à deriva na área da saúde", afirma.
O prefeito diz que existem poucas faculdades de Medicina no país e poucos profissionais e culpa a falta de estímulo para a formação de mais médicos. "O problema é realmente a demanda." Ele ressalta que uma das soluções seria a presidenta Dilma Rousseff sancionar projeto de lei aprovado pelo Congresso que obriga o recém-formado a passar pelo menos dois anos trabalhando em cidades com menos de 50 mil habitantes.
Em Janduís, que tem cinco mil habitantes, o prefeito Salomão Gurgel afirma que a falta de médicos é um problema constante, mesmo pagando o valor de R$ 13 mil para os profissionais. Mas os outros setores de saúde preventiva também preocupam o prefeito, principalmente pela falta de recursos nas Prefeituras para garantir uma boa estrutura de trabalho. "O Governo Federal transferiu responsabilidades e não mandou os recursos. O Governo do Estado também deixou os municípios sozinhos nessa área", reclama o prefeito.
Fonte: Jornal de fato
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