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12 fevereiro, 2013

Vaticano: Novo PAPA


Veja quem são os cardeais mais cotados para ser o novo papa

Conheça os religiosos apontados como mais prováveis sucessores de Bento 16, que renunciou nesta segunda-feira

renúncia do papa Bento 16 , anunciada nesta segunda-feira, coloca em andamento um complexo processo para a escolha do novo líder da Igreja Católica. Segundo a última lista do Vaticano, atualizada há duas semanas, um total de 119 cardeais estão aptos a votar (aqueles com menos de 80 anos), incluindo cinco brasileiros
 Veja os nomes mais cotados

Peter Turkson, cardeal de Gana
Tido como favorito em duas casas de aposta, é presidente do Pontifício Conselho por Justiça e Paz e foi nomeado cardeal por João Paulo 2º após quase 30 anos de sua ordenação.
Nascido em 1948 em Nsuta-Wassaw, uma região mineira na região oeste de Gana, é filho de uma metodista e um católico.
Estudou e lecionou em Nova York e Roma antes de se tornar padre, em 1975. Poliglota, fala fante, uma das línguas de Gana, inglês, francês, italiano, alemão, entre outras, além de entender latim e grego.
Sua popularidade no oeste da África é impuldionada por participações televisivas regulares, principalmente uma aparição semanal no canal estatal de Gana.
Angelo Scola, arcebispo de Milão
Principal candidato italiano, é filho de um motorista de caminhão e nasceu em 1945 na Lombardia. Ordenado em 1970, é doutor em filosofia e teologia e foi professor do Instituto João Paulo 2º para Estudos sobre Casamento e Família.
Tornou-se bispo de Grosseto em 1991, patriarca de Veneza em 2002, arcebispo de Milão em 2002 e cardeal um ano depois. Fundou uma revista em árabe, chamada Oasis, para melhorar os contatos e o diálogo entre cristãos e muçulmanos.
Marc Ouellet, cardeal do Canadá
Prefeito da Congregação de Bispos há trê anos, é um dos homens mais poderosos do Vaticano. Poliglota, tem 68 anos e nasceu em Quebec, no Canadá. O cargo faz de Ouellet um candidato natural a papa, mas em 2010 ele disse que não esperava chegar a tal posição.
Estudou na Universidade de Laval, no Grande Seminário de Montreal e na Universidade de Montreal antes de ser ordenado, em 1968. Passou anos vivendo e lecionando na Colômbia, o que pode torná-lo a opção defendida por religiosos latino-americanos. Com fama de conservador, é tipo como próximo a Bento 16. 
Francis Arinze, cardeal da Nigéria
Nascido em Eziowelle, na Nigéria, em 1932, foi enviado quando criança para uma escola missionária irlandesa e logo decidiu virar padre. Foi ordenado em 1958 e começou a dar aulas de liturgia e filosofia no sudeste de seu país natal e também na Inglaterra.
Foi consagrado bispo em 1965 e se tornou arcebispo dois anos depois. Liderou o órgão que hoje é conhecido como Pontifício Conselho pelo Diálogo Inter-religioso, responsável pelo relacionamento do Vaticano com outras religiões.
Chance da América Latina
Com dois africanos e um americano na lista dos mais cotados, há expectativa de que esteja chegando o momento de a Igreja Católica Romana eleger seu primeiro líder de fora da Europa. A América Latina que hoje representa 42%da população católica mundial de 1,2 bilhão, é forte candidata a eleger o próximo líder da religião.
Depois dos papas João Paulo e Bento, um polonês e um alemão, o posto no passado reservado para italianos está agora aberto a todos.
Dois altos funcionários do Vaticano recentemente deram sugestões claras sobre possíveis sucessores, indicando que o próximo papa poderia muito bem ser da América Latina. "Eu conheço muitos bispos e cardeais da América Latina que poderiam assumir a responsabilidade pela Igreja universal", afirmou o arcebispo Gerhard Mueller, chefe da Congregação para a Doutrina da Fé.
O cardeal suíço Kurt Koch, chefe do departamento do Vaticano para a unidade dos cristãos, disse ao jornal Tagesanzeiger, em Zurique, que o futuro da Igreja não estava na Europa.
"Seria bom se houvesse candidatos da África ou América do Sul no próximo conclave", declarou ele, referindo-se à eleição a portas fechadas na Capela Sistina, no Vaticano.
Se realmente for a vez da América Latina, os principais candidatos parecem ser Dom Odilo Scherer, arcebispo da diocese de São Paulo, ou o ítalo-argentino Leonardo Sandri, agora à frente do departamento do Vaticano para as Igrejas Orientais.
Gilv@n Vi@n@


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