Governo não dialoga nem apresenta propostas plausíveis com as reivindicações e tenta colocar culpa na categoria
“Nós apresentamos propostas e vocês não aceitam”. Essa foi a fala da secretária estadual de Educação Betânia Ramalho na greve que durou 83 dias em 2011. Fala que, para a coordenadora geral Fátima Cardoso, tem uma representação ideológica. A de que o governo pode muito bem deixar de apresentar propostas à categoria através do SINTE-RN e apenas anunciar o que pretende fazer.
A estratégia ou modelo de governo tenta minimizar a força dos trabalhadores e sua representação de classe. É uma tática para não assinar documentos se comprometendo. “É ingenuidade? Outros questionamentos podem ser feitos. A resposta será a mesma. Nada impedirá que a direção do SINTE-RN faça seu trabalho ousado e sério”, garante Fátima Cardoso.
“Nada irá impedir que a sociedade reconheça no Sindicato, autor de muitas conquistas para a categoria, seu papel essencial à nossa democracia. Não haverá nenhum vacilo quando o assunto é organizar, lutar e conquistar”, garantiu a sindicalista.
Para a coordenadora geral, qualquer ação ou tentativa de ação feita pelo governo não está deslocada da luta de todos os dias, tão pouco da mobilização que tem a categoria. “O governo sabe que o potencial de luta da categoria não pode ser posto a prova”, ressaltou.
As propostas apresentadas pelo estado não contemplam as reivindicações dos trabalhadores. Além disso, o governo se recusa a discutir novas possibilidades por saber que a abertura de um processo de negociação terá como consequência a mobilização imediata da categoria e isso é um risco que não se quer correr.
O governo monta o circo para se apresentar à sociedade com sua “bondade” para com a categoria antecipando e dando publicidade às respostas dadas à pauta de reivindicações. Uma estratégia utilizada para vender o Sindicato como vilão da história.
“A direção do SINTE-RN não vai cair nessa armadilha. Os procedimentos e as estratégias que utilizaremos darão conta de desmontar a tentativa de minar nossa organização e de abalar o diálogo e a confiança que temos com a sociedade. Ninguém consegue ofuscar nossa categoria. Todas as tentativas dos governos foram frustradas, basta lembrar de Geraldo Melo”, enfatizou Fátima Cardoso.
Gilv@n Vi@n@
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