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03 julho, 2012

Alvo de cassação, Demóstenes pede perdão para um Senado vazio


Senador é acusado de quebrar decoro parlamentar por elo com o bicheiro Cachoeira; votação em plenário está marcada para a quarta-feira (11)

Demóstenes usa a tribuna do Senado
 e se defende do processo de cassação em um plenário vazio

O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) decidiu voltar à tribuna do Senado nesta segunda-feira para se defender das acusações de elo com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Alvo de processo no Conselho de Ética que pede sua cassação, Demóstenes enfrenta na semana que vem a votação em plenário e decidiu mudar sua estratégia para tentar conquistar votos dos colegas a seu favor. "Virei à tribuna todos os dias para me defender das acusações feitas. Farei com o plenário cheio ou plenário vazio", disse.  Ontem, o senador falou para um plenário vazio.

Demóstenes pediu perdão da tribuna e citou nominalmente os senadores. Disse que vive "um calvário sem tréguas" há quatro meses, negou envolvimento com Cachoeira e afirmou que vai provar que está sendo alvo de injustiças. “Fui amigo de Carlinhos Cachoeira e conversava frequentemente com ele ao telefone, mas nunca tive negócios legais ou ilegais com ele. (...) Nunca procurei qualquer senador ou senadora para legalização de jogos”, afirmou.

Sua estratégia até a próxima quarta-feira, 11 de julho, data em que está marcada a votação em plenário do pedido de cassação, é subir à tribuna todos os dias para se defender das acusações. Para um senador ser cassado, são necessários 41 votos num universo de 80, pois ele não tem direito a se manifestar.

O primeiro discurso de Demóstenes ocorreu no dia 6 de março, uma semana após a Polícia Federal deflagrar a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira por envolvimento em jogos ilegais e expôs publicamente a relação entre os dois. Ponto a ponto, Demóstenes tentou explicar o parecer do Conselho de Ética, se disse vítima de um processo de difamação ocasionado pelo vazamento de conversas gravadas pela PF. “Nada fiz para merecer a desconstrução de minha honra”, disse o senador.

“Em virtude desses diálogos divulgados a conta-gotas, fui delineado como o vilão que tanto combati. Estou aqui de consciência tranquila, lutando pela meu mandato. A todos reafirmo a minha inocência”, afirmou.

Amanhã quarta-feira (4), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) vota o relatório de Pedro Taques (PDT-MT) sobre o parecer do Conselho de Ética que recomenda a cassação do mandato de Demóstenes. Se aprovado, o parecer será encaminhado ao plenário. A intenção é que o processo seja concluído antes do início do recesso parlamentar, previsto para 18 de julho.

Com Agência Senado, Agência Brasil e Agência Estado
Gilv@n Vi@n@

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