Ricardo Teixeira e Jérôme Valcke participaram de reunião na Câmara dos Deputados |
Disposto a comprar briga com o governo brasileiro em favor da liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, desafiou nesta terça-feira que se prove que a comercialização de cerveja nas arenas aumenta os índices de violência entre torcedores nas partidas.
Ao participar de debate na Comissão Especial que discute a Lei Geral da Copa, na Câmara dos Deputados, em Brasília, o dirigente relembrou que uma grande marca de cerveja é uma das principais patrocinadoras do Mundial e disse que a venda de álcool nos estádios não significa que a "Fifa esteja aqui para embebedar as pessoas".
"É verdade que limitar o álcool reduz muito a violência, mas na África do Sul, na Alemanha, a venda de cerveja em condições controladas nunca provocou nenhum tipo de violência ou guerra nos estádios. Temos esse acordo, seja com nosso patrocinador Budweiser ou diferentes organizações, que pode haver venda de álcool controlada nos estádios. Quer dizer que controlamos como ela pode ser distribuída. Não pode ser distribuída, por exemplo, em garrafas para que não possa ser utilizada como arma contra torcedores ou jogadores", disse.
O dirigente da Fifa ressaltou que a Copa do Mundo de 2014 é "um evento particular e excepcional" e, por isso, a entidade máxima do futebol defende que o álcool deveria ser vendido. "Não vou assumir nenhum compromisso que o álcool não será vendido. Precisamos encontrar um acordo e foram compromissos assumidos pelo Brasil quando essa Copa foi entregue ao Brasil. A Fifa não está aqui para embebedar as pessoas. Vocês terão dificuldade de me provar que o álcool causou alguma forma de violência", ponderou ele.
Por: LARYSSA BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário