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19 setembro, 2011

Veículos se tornam armas para imprudentes no trânsito

HRTM registra crescimento de 30% dos acidentes de trânsito em 2011, se comparado ao mesmo período de 2010 
Buzinaços, engarrafamentos, reclamações, imprudências de diversas formas que ocasionam acidentes diários. Essa é a realidade atual do trânsito de Mossoró, fato que tem tirado o sossego de motoristas e pedestres e chamado a atenção da sociedade para soluções imediatas. Os problemas do trânsito entram em destaque em todo o país com a Semana Nacional do Trânsito, cujas atividades iniciam amanhã em Mossoró.
Nos horários de maior fluxo de pessoas, no conhecido horário de pico, torna-se difícil trafegar. “Depois dessa obra agora todo dia é isso, além de termos que vir por locais mais longes, é sempre esse estresse, e é porque venho de moto, que ocupa menos espaço no trânsito. Essa empresa deveria trabalhar à noite e nos finais de semana e de forma rápida, para evitar tanto transtorno”, reclamou o militar Marcondes Oliveira, se referido às obras da Caern.
Os problemas se multiplicam. “Eu parei meu carro antes de uma faixa para uma senhora passar e veio uma moto e bateu atrás. O rapaz fugiu logo achando que teria algum problema, ou seja, a gente tenta agir com educação e acaba se prejudicando mesmo assim”, reclamou o funcionário público Paulo Martins.
O servente de pedreiro José Carlos preferiu descer da bicicleta com sua esposa e subir a calçada empurrando seu meio de transporte, para evitar o congestionamento à altura da Avenida Augusto Severo. “Esse trecho eu vou seguir a pé”, relatou.
Há alguns meses, representantes de entidades com Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), Departamento Nacional de Trânsito (DETRAN), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato Varejista, Rotary Clube, Movimento pela Paz no trânsito e autoescolas formaram o Fórum Permanente de Segurança no Trânsito de Mossoró, com intuito de unir a sociedade para o combate aos grandes números de acidentes registrados nos últimos anos.
O fórum se baseia nos registros de entradas no Hospital Tarcísio Maia, único hospital público da região a atender vítimas de acidentes em diversos municípios. Esses números, mostram que de abril a agosto deste ano foram 442 acidentes provocados por acidentes de moto, 42 por acidentes de carro e 37 por motivos não definidos.
O presidente do Fórum Permanente de Segurança no Trânsito de Mossoró e diretor do Tarcísio Maia, Ney Robson, destacou que a demanda de acidentes no hospital aumentou em 30% em 2011, se comparado ao mesmo período de 2010, e segundo dados do Fórum Permanente, 90% das causas estão ligadas à imprudência e ao consumo de bebida alcoólica.
De acordo com Ney Robson, 60% dos atendimentos do Tarcísio Maia são de pessoas vítimas do trânsito, em sua maioria motoqueiros. “Energicamente uma das medidas mais eficazes para combater ou minimizar o número de vítimas de acidentes de trânsito é a Lei Seca, para condutores de veículos. A fiscalização para isso tem que ser rigorosa, porque os números de outras cidades que têm uma fiscalização nesse sentido são altamente positivos., para punir o condutor do veículo”, Avaliou Ney Robson.
Ainda segundo pesquisas feitas pelo Fórum Permanente, no Brasil, o ranking de mortes tem em primeiro lugar como causa o Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguido de problemas cardíacos, e em terceiro lugar as vítimas de violência, principalmente violência no trânsito. 1.3 milhões de pessoas morrem vítimas de acidentes de trânsito a cada ano no mundo. 50% das que sobrevivem ficam sequeladas. Sequelas como membros mutilados, perda de visão, de audição. No Brasil, só em 2010 morrem 60 mil pessoas.
Só em 2010, o Ministério da Saúde gastou o equivalente a R$ 185 milhões com internações de vítimas de trânsito no país. “Todos que já passaram por isso sabem quanto se gasta com medicamento, além de todo estresse da família, e geralmente as vítimas de acidentes de trânsito são pacientes com vários dias de internamento. A grande maioria fraturas graves, e cada dia que passa a conta do hospital vai aumentando. Está faltando mais ações, mais planejamentos”, destacou o diretor do Tarcísio Maia.
Fonte: gazetadooeste.com.br
por Mário Gerson
Monalisa Cardoso
Da Redação
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