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28 julho, 2011

Governo cria programa de livro didático para escolas do campo

Obras que começarão a ser escolhidas no próximo ano vão substituir cadernos de ensino com erros

As escolas públicas localizadas nas zonas rurais do País ganharão livros didáticos mais adequados à realidade de seus alunos. Essa é a proposta do novo Programa Nacional do Livro Didático do Campo, que começará a selecionar as obras em 2012. Serão escolhidos livros para as turmas seriadas ou as classes multisseriadas (que possuem alunos de séries diferentes) do 1º ao 5º ano do ensino fundamental das áreas de Alfabetização Matemática, Letramento e Alfabetização, Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História e Geografia.
As obras adquiridas vão substituir os cadernos de ensino e os materiais impressos distribuídos por outros programas. No mês passado, a Controladoria Geral da União instaurou uma sindicância para apurar a responsabilidade por erros em material de apoio fornecido às escolas do campo. Cerca de 200 mil unidades apresentavam erros de revisão e impressão. Em um trecho da coleção Escola Ativa, havia a afirmação de que 10-7=4
O processo de avaliação, escolha e aquisição de livros didáticos ocorrerá a cada três anos e começará no ano que vem. As primeiras obras adquiridas pelo programa chegarão às escolas no início do ano letivo de 2013. Os alunos e os professores que receberem esse material não precisarão devolvê-los ao final do ano. A cada ano, as escolas receberão livros para os novos alunos matriculados. Esses colégios continuarão recebendo dicionários e obras complementares do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
Para participar do programa, as escolas públicas do campo devem estar vinculadas às secretarias municipais ou estaduais de educação e cadastradas no Censo Escolar realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Além disso, é preciso assinar um termo de adesão ao programa.
Os exemplares serão distribuídos a cada escola de acordo com as projeções de matrículas para o ano seguinte. Lotes adicionais de livros poderão ser adquiridos e distribuídos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela execução do novo programa, caso necessário, após o início do ano letivo.
As definições sobre as características das obras ainda serão publicadas pelo FNDE. As redes de ensino ajudarão o Ministério da Educação na escolha das obras, apontando suas preferências entre obras pré-selecionadas pelo órgão. As coleções escolhidas poderão ser acompanhadas de livros e outros materiais digitais em caráter complementar.
 Por: Priscilla Borges, iG Brasília
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