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07 abril, 2013

Usinas de cana-de-açúcar do RN demitem 80% da mão de obra


O setor sucroalcooleiro do Rio Grande do Norte enfrenta a pior crise dos últimos 40 anos. Parte do canavial secou, em função da falta de chuva, e a produção de cana, álcool e açúcar caiu quase pela metade na última safra. Segundo a Associação de Plantadores de Cana do estado (Asplan), 80% da mão de obra empregada durante a safra foi demitida. Antes da seca, o setor dispensava metade dos funcionários para depois contratá-los. “Já não se sabe quantos retornarão aos canaviais”, afirma Renato Lima, presidente da entidade.Magnus Nascimento.
Eduardo Farias, presidente do Grupo Farias e dono da usina Vale Verde, em Baía Formosa, veio de São Paulo esta semana para sobrevoar o canavial. O empresário ficou perplexo com o que viu lá de cima. “Passei o dia sobrevoando a área. Estamos na região há 40 anos. Nunca vivenciamos algo parecido”. A situação, segundo Renato Lima, da Asplan, é generalizada. O volume de cana  moída pelo estado, considerando as quatro usinas e destilarias do RN, caiu de 3,5 milhões de toneladas para 2,2 milhões de toneladas na última safra, em média.
Eduardo reforçou a irrigação na sua propriedade. Hoje, 12 mil dos 25 mil hectares são irrigados. Ainda assim, aflige-se. “A cana continua morrendo, mesmo onde há irrigação”. O trabalhador canavieiro Sérgio Lira da Silva, 48, que trabalha na usina há mais de duas décadas, olha para o canavial seco e chora. “Eu me ajoelho todo o dia e rezo para que volte a chover”, confessa, envergado sobre o solo, com o rosto entre as mãos.
Gilv@n Vi@n@

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