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30 março, 2013

INTERNET


Centro brasileiro em grafeno tem como objetivo acelerar a internet

Parceria entre Mackenzie e Universidade de Cingapura visa desenvolver novos produtos a partir do material, usado em celulares, carros e aviões

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, está construindo um novo centro de pesquisa dedicado ao grafeno, um material de carbono superfino que é ótimo condutor elétrico  e é usado em celulares, carros, aviões e em redes de fibra ótica. O convênio de cooperação técnico-científica foi firmado com a Universidade Nacional de Cingapura, que tem o maior centro do mundo de estudos do grafeno.
A Universidade vai investir 20 milhões de reais em um novo prédio na avenida da Consolação com área de 6.500 metros quadrados e inauguração prevista para maio de 2014. Um acordo com a Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo (Fapesp), assinado na quinta-feira (28) vai garantir mais 10 milhões de reais para a compra de equipamentos.
“As obras já começaram e por enquanto os laboratórios sobre grafeno estão espalhados pelo campus da universidade. Quando o prédio ficar pronto tudo ficará lá”, disse ao iG Eunezio Antonio de Souza, coordenador do Centro de Pesquisa.
Souza explica que o centro será focado nas aplicações óticas e fotônicas do grafeno, como fibra ótica e redes de alta velocidade. “Sabemos que daqui a 10 ou 15 anos, se nada for feito, voltaremos ao tempo da internet discada por causa do aumento da demanda”, disse.
O centro de pesquisa, que será chamado de MackGrafe, vai ter como foco a parceria com empresas para o desenvolvimento de produtos. O grafeno é considerado um forte candidato a substituir o silício em dispositivos eletrônicos. “É um material com uma potencialidade enorme. É chamado de superlativo, podendo ser usado em muitos setores”, disse.
Alta tecnologia 
Atualmente o centro conta com a colaboração de sete pesquisadores que atuam em áreas da Engenharia de Materiais, Química e Fotônica. Souza afirma que um edital internacional será lançado para a contratação de dois pesquisadores. “Acreditamos que o grafeno possa ter novas possibilidades de aplicação, mas para isto é preciso pesquisa avançada e altamente sofisticada”, disse.

De acordo com Souza, até mesmo a transferência do grafeno de um lugar para o outro precisa de equipamento e técnicas adequados. “É um material feito de carbono com a espessura de um átomo. Até mesmo para transportá-lo é preciso um cuidado especial para que o material não seja perdido", disse. Souza explica que o cuidado precisa ser tamanho que o pesquisador precisa despejar um polímero (um tipo de plástico) sobre o grafeno para que o material não se desmantele. 
Gilv@n Vi@n@

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