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05 dezembro, 2012

CPI do Cachoeira

CPI do Cachoeira adia para semana que vem votação do relatório final

Adiamento mostra que, mesmo após mudanças, o documento do relator Odair Cunha (PT-MG) enfrenta dificuldades para ser aprovado

Votação do relatório da CPI do Cachoeira foi adiada para o dia 11 de dezembro
A votação do relatório da CPI do Cachoeira foi adiada para o dia 11 de dezembro. A decisão foi comunicada na noite de ontem (4) pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). A sessão estava marcada para ocorrer hoje (5). No comunicado, Vital afirma que o adiamento ocorre "por solicitação de lideranças partidárias do Senado".
O adiamento mostra as dificuldades que vem sendo encontradas pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). Mesmo com a alteração proposta por ele de retirar o indiciamento de jornalistas e o pedido de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, alguns temas ainda incomodam integrantes da CPI.
A oposição, por exemplo, protesta contra o indiciamento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e destaca terem ficado de fora os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Alguns governistas, por sua vez, não concordam com indiciamento de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, que era a maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A sessão da semana passada foi marcada mais uma vez por discussão entre os parlamentares, que não se entenderam sobre o procedimento regimental a ser adotado para a leitura. A reunião, que começou com atraso de quase uma hora, chegou a ser suspensa para que os parlamentares recebessem cópias das 89 páginas do sumário preparado pelo relator.
Houve também quem reclamasse que a leitura não poderia ser feita, uma vez que Cunha suprimiu duas partes do texto, o que implicaria a necessidade de mais prazo para que os integrantes fizessem um re-exame da matéria.
O relatório de Cunha acusa mais de 40 pessoas de ter ligação direta com o esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira, suspeito de comandar uma quadrilha ligada à exploração de jogos ilegais, envolvendo servidores públicos e privados.
Fonte: Agência Estado
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