Congresso tem 25 dias para colocar mais R$ 32 bilhões no Orçamento 2013
Comissão retoma trabalho com prazo curto para aprovar 43 projetos de lei elaborados pelo Planalto para compôr os gastos do próximo ano, incluindo R$ 16,9 bilhões para estatais
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) precisará de foco e
costura política para conseguir aprovar projetos de lei que preveem uma
injeção de R$ 32,1 bilhões aos gastos do governo federal em 2013,
conforme relatório obtido pelo iG
.
A comissão tem até 18 de dezembro, quando o Congresso
Nacional entra em recesso, para avaliar e votar os projetos elaborados
pelo Palácio do Planalto. Serão 36 dias corridos, dos quais apenas 25
úteis, para autorizar a inclusão dos recursos à conta da União, cuja
peça orçamentária está estimada em R$ 2,14 trilhões.
O presidente do órgão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS),
espera conseguir unir base e oposição para cumprir a pauta. “Essa é uma
questão política. Estamos trabalhando para construir consenso e, no
momento que houver, vamos aprovar os créditos”, afirma.
Instalada em março, a Comissão de Orçamento aprovou até
agora 11 de 54 projetos de lei de créditos extraordinários e
suplementares solicitados pela União. O Planalto teve R$ 6,12 bilhões
aprovados por essa modalidade ao longo de 29 reuniões realizadas pela
comissão. Faltam 43 projetos em análise.
O governo tem enfrentado dificuldades no plenário da
comissão. Deputados e senadores da base e da oposição têm pressionado
por um acordo para o cumprimento das emendas parlamentares. Isso porque,
no contingenciamento de R$ 55 bilhões anunciados no início deste ano, a
presidenta Dilma Rousseff vetou todas as 3.010 emendas da peça
orçamentária de 2012. Os recursos estão sendo liberados lentamente, o
que tem irritado aliados e oposicionistas
A queda de braço levou ao limite do prazo de aprovação do
projeto de lei 040/2012, principal item do pacote a ser analisado pela
Comissão de Orçamento. O PL prevê a liberação de R$ 16,742 bilhões para
as estatais. O montante é parte do investimento previsto pelo governo
federal por empresas controladas por seis ministérios. O relatório
conduzido pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR) determina o dia 18 de
novembro como limite para aprovação do projeto.
Outros R$ 155 milhões destinados ao plano de investimento
das estatais estão previstos no PL 025/1012, que vai à votação nesta
terça-feira. O repasse compõe uma fatia de 21 projetos que a comissão
aprecia hoje, totalizando R$ 3,233 bilhões. Ou seja, pouco mais de 10%
do total.
Deputados e senadores poderão apresentar até 25 emendas
parlamentares ao Orçamento de 2013, com o limite de R$ 15 milhões para o
conjunto de propostas. O teto é o mesmo do ano passado e deve caber nos
R$ 29,7 bilhões autorizados para as emendas dos 523 deputados e os 81
senadores.
As propostas individuais deverão somar, para todos os
parlamentares, o limite de R$ 8,9 bilhões. Os senadores e deputados
deverão, ainda, destinar pelo menos R$ 2 milhões de suas emendas para
saúde, conforme determinação criada neste ano.
O relator do Orçamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR),
pode propor R$ 9,5 bilhões em emendas, com a possibilidade de usar mais
R$ 2 bilhões em ajustes. As bancadas estaduais têm acesso a mais R$ 2,58
bilhões, enquanto os relatores setoriais podem destinar outros R$ 5,68
bilhões.
O relatório preliminar de Jucá recebeu 127 emendas. O
relator, contudo, aprovou apenas uma, destinando R$ 200 milhões aos
ministérios da Saúde e da Seguridade Social.
Gilv@n Vi@n@
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