Use seu computador para descobrir uma cura contra o zika

São males que costumam afetar comunidades pobres em países em
desenvolvimento, e para os quais os tratamentos disponíveis são pouco
eficientes, ou sequer existem: “A indústria farmacêutica, muitas vezes,
não tem interesse em criar bons medicamentos para essas doenças”, diz
Carolina. Em 2015, ela e o colega Sean Ekins, um britânico especialista
no desenvolvimento de novas drogas, trabalhavam na criação de
tratamentos para dengue quando foram surpreendidos pelo surto de zika:
“Os dois vírus pertencem a mesma família, são muito parecidos”, diz
Carolina. “Decidimos expandir nossas pesquisas para tratar de zika
também”.
Descobrir uma substância capaz de incapacitar um vírus é, em grande
parte, um trabalho de tentativa e erro. Para infectar um hospedeiro, o
vírus produz proteínas que se conectam à célula que ele quer invadir. A
missão dos cientistas é descobrir compostos químicos capazes de se ligar
a essas proteínas e barrar a invasão. Para fazer isso, Carolina e Sean
usam programas de computador que analisam a estrutura do vírus e
selecionam substâncias químicas com potencial para combatê-lo.
No laboratório, a equipe de Carolina testa esses compostos
selecionados para verificar como o vírus se comporta na presença deles.O
processo de montagem dessa quebra-cabeças, em que é preciso descobrir a
substância certa que encaixe no invasor, é demorado e exige o uso de
máquinas poderosas. Carolina e Sean decidiram acelerar o trabalho ao
dividir suas análises entre um exército de computadores e celulares
voluntários espalhados pelo mundo.
Gilv@n Vi@n@
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