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19 maio, 2016

Use seu computador para descobrir uma cura contra o zika

virus_zika_imgCarolina Andrade dedica a vida a montar quebra-cabeças químicos. Professora da Universidade Federal de Goiás, Carolina tenta descobrir novos fármacos – os princípios ativos dos medicamentos – para tratar doenças como malária e leishmaniose.
São males que costumam afetar comunidades pobres em países em desenvolvimento, e para os quais os tratamentos disponíveis são pouco eficientes, ou sequer existem: “A indústria farmacêutica, muitas vezes, não tem interesse em criar bons medicamentos para essas doenças”, diz Carolina. Em 2015, ela e o colega Sean Ekins, um britânico especialista no desenvolvimento de novas drogas, trabalhavam na criação de tratamentos para dengue quando foram surpreendidos pelo surto de zika: “Os dois vírus pertencem a mesma família, são muito parecidos”, diz Carolina. “Decidimos expandir nossas pesquisas para tratar de zika também”.
Descobrir uma substância capaz de incapacitar um vírus é, em grande parte, um trabalho de tentativa e erro. Para infectar um hospedeiro, o vírus produz proteínas que se conectam à célula que ele quer invadir. A missão dos cientistas é descobrir compostos químicos capazes de se ligar a essas proteínas e barrar a invasão. Para fazer isso, Carolina e Sean usam programas de computador que analisam a estrutura do vírus e selecionam substâncias químicas com potencial para combatê-lo.
No laboratório, a equipe de Carolina testa esses compostos selecionados para verificar como o vírus se comporta na presença deles.O processo de montagem dessa quebra-cabeças, em que é preciso descobrir a substância certa que encaixe no invasor, é demorado e exige o uso de máquinas poderosas. Carolina e Sean decidiram acelerar o trabalho ao dividir suas análises entre um exército de computadores e celulares voluntários espalhados pelo mundo.
Gilv@n Vi@n@

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