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05 dezembro, 2013

Presenciar cena de sexo dos pais pode traumatizar crianças

Já é difícil para homens e mulheres adultos encararem a sexualidade dos pais. O embaraço, segundo a doutora e professora de psicanálise da criança do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Cassandra Pereira França, é resultado do tabu que envolve naturalmente o tema. “A sexualidade é alvo de repressão e recalcamento”, afirma. Para a especialista, o sexo entre os pais tem repercussão em todas as idades: “pode ser imaginado, mas não deveria ser visto nunca. Em todas as idades provoca impacto”, observa. Para as crianças, as consequências podem resultar em sintomas que interferem no desenvolvimento e traumas que terão ressonância no futuro.
Segundo Cassandra França, como os pequenos não têm registro anterior da cena de sexo, eles vinculam o ato à violência. “As crianças enxergam um movimento agressivo de um com o outro e costumam ficar imaginando tudo que envolve o episódio – gemidos, sussurros, expressões. Se há um registro anterior de hostilidade ou violência entre pai e mãe, faz uma vinculação direta com isso”, explica. As repercussões vão depender do que a criança viu e a frequência com que aconteceu o “flagrante”. Meninos e meninas que dividem o quarto com os pais – e essa realidade atinge muitas famílias brasileiras - podem acabar sendo mais expostos a esse tipo de cena, o que vai gerar uma irritabilidade maior na criança. “Elas não têm no que transformar aquilo que viram”, assinala a psicanalista. O efeito é uma angústia muito grande.
Gilv@n Vi@n@

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