Mercado financeiro mantém previsão para alta do PIB de 2013 em 2,28%
Expectativa para IPCA deste ano também não se alterou na última semana.
Já a previsão do mercado para a inflação de 2014 avançou para 5,88%.
Após dez semanas de redução seguida,
o mercado financeiro interrompeu a queda na estimativa de crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano na semana passada ao manter o
indicador estável em 2,28%, informou o Banco Central nesta segunda-feira
(29) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O
documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Para 2014, a previsão de crescimento da economia brasileira também não
se alterou, permanecendo estável em 2,60% na semana passada. No primeiro
trimestre deste ano, segundo o IBGE, o PIB avançou somente 0,6% na
comparação com os três últimos meses do ano passado - valor que ficou
abaixo da previsão dos economistas.
O Ministério da Fazenda baixou, na última semana, a previsão oficial de
alta do PIB deste ano, que consta no orçamento federal, de 3,5% para
3%. No mês passado, o BC baixou de 3,1% para 2,7% sua estimativa de
expansão do PIB em 2013.
Inflação e juros
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve
de referência para o sistema de metas de inflação, a estimativa do
mercado financeiro para este ficou inalterada em 5,75% neste ano. Para
2014, porém, a previsão avançou de 5,87% para 5,88%.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação teria
queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e no ano de
2014. Embora acredita na desaceleração da inflação neste ano, o mercado
continua prevendo, entretanto, crescimento da inflação em 2014 - último
do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os
juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o IPCA.
Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo
de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse
modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja
formalmente descumprida.
Após o aumento nos juros para 8,5% ao ano há algumas semanas, o mercado
segue acreditando que, em agosto, haverá uma nova alta de 0,5 ponto
percentual, para 9% ao ano. Para o fim deste ano, a estimativa
permaneceu estável em 9,25% ao ano. Para o final de 2014, porém, a
previsão caiu de 9,38% para 9,25% ao ano na última semana.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a
taxa de câmbio no fim de 2013 avançou de R$ 2,24 para R$ 2,25 por
dólar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos
para o dólar ficou estável em R$ 2,30.
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da
balança comercial (exportações menos importações) em 2013 recuou de
US$ 5,85 bilhões para R$ 5,70 bilhões na semana passada. Para 2014, a
previsão de superávit comercial subiu de US$ 8 bilhões para US$ 8,92
bilhões na última semana.
Para 2013, a projeção de entrada de investimentos no Brasil ficou
inalterada em US$ 60 bilhões. Para 2014, a estimativa dos analistas para
o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilhões na
última semana.
GILV@N VI@N@
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