Anúncio ocorre no momento em que a a região está abalada pela forte crise econômica
Presidente Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso disse que o prêmio é uma grande honra aos 500 milhões de cidadãos da União Europeia |
O Prêmio Nobel da Paz de 2012 foi atribuído nesta sexta-feira (12) à União Europeia (UE), uma instituição atualmente abalada pela crise econômica, mas com a credencial de ter pacificado um continente destruído pela Segunda Guerra Mundial, anunciou o Comitê Nobel norueguês.
A UE (atualmente com 27 membros) e as instituições que a precederam em sua formação "contribuíram durante mais de seis décadas para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos", disse o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, em Oslo. "A UE foi construída sobre as cinzas de duas guerras e o prêmio representa para mim, pessoalmente, um notável impulso nos esforços comuns para o projeto europeu", declarou o Nobel.
"Durante um período de 70 anos, Alemanha e França se enfrentaram em três guerras (1870, 1914-18 e 1939-45). Hoje em dia, uma guerra entre Alemanha e França é impensável", destacou Jagland.
"Isto demonstra como, através de um esforço bem encaminhado e da construção da confiança mútua, inimigos históricos podem virar sócios próximos", completou.
O prêmio foi uma surpresa em um momento no qual a solidariedade europeia enfrenta o maior desafio em décadas ante as profundas divisões entre os países do sul, muito afetados pela crise da dívida, e os do norte, mais ricos, liderados pela Alemanha.
"O Nobel da Paz é uma grande honra para toda a UE para seus 500 milhões de cidadãos", afirmou o presidente Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso.
A chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou hoje de "decisão maravilhosa" a concessão do Prêmio Nobel da Paz à União Europeia (UE), destacando seu caráter de "impulso ao euro", como ideia que vai além da mera "união monetária".
"Estou profundamente emocionado e honrado de que a UE tenha vencido o prêmio da paz", tuitou o presidente do Parlamento Europeu, o deputado social-democrata alemão Martin Schulz. "A UE é o único projeto único que substituiu guerra com a paz, o ódio por solidariedade".
Em 2011, o Nobel da Paz fora concedido a três mulheres : a presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, a também liberiana Leymah Gbowee e a ativista iemenita Tawakkul Karman.
Com informações das agências de notícia
Gilv@n Vi@n@
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