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09 outubro, 2012

ESPECIAL VENEZUELA:


Hugo Chávez é reeleito presidente da Venezuela

Com vitória sobre Henrique Capriles, venezuelano pode ficar no poder até 2019, completando 20 anos na presidência

O presidente da Venezuela , Hugo Chávez , foi reeleito neste domingo para mais um mandato de seis anos com a promessa de aprofundar sua revolução socialista, informou o órgão eleitoral do país. Com isso, ele pode permanecer no poder até 2019, quando deve totalizar 20 anos na presidência.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Chávez obteve 54,42% dos votos, enquanto seu principal adversário, Henrique Capriles , conquistou 44,97%.
Hugo Chávez acena aos eleitores e comemora reeleição no Palácio de Miraflores
"Obrigado meu Deus, obrigado a todas e todos”, escreveu Chávez em seu perfil no twitter, imediatamente após o anúncio dos resultados.
Antes mesmo do anúncio do Conselho Nacional Eleitoral, partidários do presidente já lotavam as ruas que cercam a sede do governo, no centro de Caracas, para comemorar a vitória. Chávez era esperado no "balcón del pueblo" (sacada do povo), de onde costuma fazer discursos. Em seu pronunciamento, disse que a eleição foi " uma batalha perfeita "
Após quase 14 anos no comando do país caribenho com as maiores reservas petrolíferas do planeta, durante os quais conquistou uma sólida popularidade graças a uma política assistencialista e um inegável carisma, o militar aposentado de 58 anos enfrentou o maior desafio eleitoral de sua carreira política.
Mas o investimento de bilhões de dólares da renda petrolífera em programas sociais, que vão desde a entrega de casas gratuitas a caros tratamentos de saúde em Cuba, foi de encontro desta vez com um rival que prometia corrigir as "falhas" da revolução e atacar problemas graves como a insegurança e o desemprego. 
Nestas eleições, a juventude foi um dos polos de disputa dos candidatos. O número de eleitores que votaram pela primeira chegou a um milhão.
Após reconhecer a derrota nas eleições, Capriles se dirigiu ao país em uma entrevista coletiva. "Quero saudar a todos, saudar todos os venezuelados, todo o nosso povo em todos os cantos da Venezuela. Esta manhã disse que para saber ganhar é necessário saber perder", disse.
O candidato derrotado também agradeceu "profundamente" aos seus mais de 6 milhões de eleitores que agora sentem-se tristes. "Nós começamos a construir um caminho", completou. "Nosso tempo chegará."
Capriles enviou ainda uma mensagem na qual parabeniza o presidente Hugo Chávez: "Há um país que tem duas visões e ser um bom presidente significa trabalhar para a união de todos os venezuelanos", sugeriu.
Na opinião do analista político Luis Vicente León, da consultoria Datanalisis, apesar de a vitória ser inferior à porcentagem de votos obtida por Chávez em 2006 (62,8%), é "suficientemente ampla" para consolidar seu projeto socialista.
"Chávez tende a capitalizar (sua eleição) para alcançar uma vitória maior nas eleições (para governadores) em dezembro e (para prefeitos) em abril", disse.
Na avaliação do analista político Carlos Romero, o desafio de Chávez para o próximo mandato é cumprir seu chamado à "reconciliação" e convocar a oposição para governar. "Há setores da classe média, do empresariado e da oposição que estariam dispostos a participar da vida política venezuelana se forem convidados pelo governo", afirmou.
Durante a semana, Chávez admitiu publicamente ter acionado seu ex-vice-presidente José Vicente Rangel para estabelecer "pontes" com a oposição, numa tentativa de evitar uma crise interna. Horas antes do anúncio do resultado oficial, o vice-presidente Elias Jaua disse em entrevista à TV estatal que "já é hora de que se convençam que na Venezuela há uma revolução com caráter socialista, mas que em nenhum momento é uma mostra de totalitarismo”, disse.
Fonte: iG/SP
Gilv@n Vi@n@

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