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09 outubro, 2012

Eleições 2012


PT e PSDB têm desempenho oposto no primeiro turno das eleições municipais

O primeiro cresceu em número de prefeituras, mas encolheu nas grandes cidades, enquanto o segundo fez o caminho inverso com potencial de crescer nos maiores municípios

Principais adversários no cenário nacional, PT e PSDB tiveram desempenho oposto no primeiro turno das eleições municipais deste ano. Números codificados pelo PT com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral mostram que o partido cresceu de forma geral tanto no número de votos quanto no de prefeituras, mas tende a encolher nas grandes cidades. Já o PSDB diminuiu o número total de prefeituras, mas é o partido com mais potencial de crescimento nos maiores municípios. 
De acordo com o levantamento, o PT voltou a aumentar o número de cidades governadas elegendo 624 prefeitos no primeiro turno, um aumento de 12% em relação a 2008. É a confirmação de uma trajetória ascendente de forma praticamente ininterrupta há 30 anos, desde que o partido disputou sua primeira eleição e elegeu dois prefeitos. Em 1985, foi apenas um; 38 em 1988, 54 em 1992, 116 em 1996, 187 em 2000, 409 em 2004 e 558 em 2008.
O número de votos do partido em eleições municipais também só aumenta desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Foram 16,1 milhões de votos em 2004, 16,8 milhões em 2008 e 17,2 milhões no domingo.
Já nas grandes cidades com mais de 150 mil eleitores, consideradas pólos regionais onde existem retransmissoras de TV que irradiam as mensagens partidárias para municípios menores, a tendência é de ligeira queda.
Hoje o PT governa 34 destas cidades. Domingo, elegeu prefeitos em 13 delas e concorre no segundo turno em outras 22, um total de 35. Para manter o número atual, o PT precisaria ganhar em praticamente todas, o que é considerado uma façanha quase impossível por dirigentes do partido.
Nas capitais o PT pode, no máximo, manter as sete prefeituras que tem hoje. Paulo Garcia, em Goiânia (GO), foi o único petista eleito em capitais no primeiro turno. O partido ainda está na disputa em outras seis: Rio Branco (AC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Salvador (BA), Cuiabá (MT) e São Paulo (SP).
Caso isso se confirme, será o primeiro retrocesso do partido nas capitais em 30 anos.
Segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, uma análise mais detalhada dos números pode demonstrar que embora possa cair numericamente nas grandes cidades, o PT aumentou sua força política. “Perdemos em Porto Velho (RO) mas ganhamos em São José dos Campos (SP), que é três vezes maior. Uma vitória em Salvador compensa a derrota no Recife”, disse ele.
Já o PSDB elegeu 689 prefeitos e mantém a trajetória de queda iniciada em 2004. Naquele ano os tucanos elegeram 865 prefeitos e em 2008 foram 791.
Por outro lado, o PSDB é o partido com mais potencial de crescer nas grandes cidades com mais de 150 mil eleitores. Os tucanos governam 14 destes municípios, venceram no primeiro turno em 17 e disputam o segundo turno em outras 17, podendo chegar a 34.
Segundo o secretário nacional de organização do PT, os números mostram que o PT pode estar perto de atingir seu teto. “Não estou dizendo que chegamos ao limite mas, a partir de certo ponto, não tem mais como dar saltos tão grandes”, disse ele. “Quero ver se o PSB e o PSD vão crescer no mesmo ritmo em 2016”, completou.
O PSD, criado no ano passado, elegeu 493 prefeitos e se tornou o quarto maior do País em número de cidades governadas. O PSB subiu de 301 prefeituras em 2008 para 436, assumindo a quinta colocação.
De acordo com Frateschi, o bom desempenho do PSDB nas grandes cidades mostra que o partido dos tucanos é hoje o último reduto forte da oposição no País. “O PSDB é o único partido sólido de apoio para a oposição”, disse ele.
O DEM caiu de 784 prefeituras em 2004 para 495 em 2008 e 271 em 2012. O PPS encolheu de 305 prefeituras em 2004 para 130 em 2008 e 118 em 2012.
Gilv@n Vi@n@

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