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05 outubro, 2011

Ameaçado, sindicato dos professores tenta encerrar greve no Ceará

Governo afirmou que vai demitir grevistas que não voltarem às aulas até sexta-feira

O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) tem dois dias para convencer a categoria a voltar às aulas, sob pena de o governo do Estado iniciar um processo para demitir os grevistas. Os professores da rede estadual de ensino estão em greve há 59 dias. O movimento já foi declarado ilegal e uma multa de R$ 200 mil está prevista para a entidade representativa.

Professores enfrentam a polícia durante invasão à Assembleia Legislativa do Ceará
O comando de greve teve nesta terça-feira (4) uma nova rodada de negociação durante cinco horas no Palácio da Abolição com o chefe do Gabinete do Governador, Ivo Gomes, e a secretária da Educação, Izolda Cela.
O encontro não rendeu nenhuma nova proposta. Os representantes do governo apenas reiteraram os compromissos assumidos na última negociação com o governador Cid Gomes (PSB), como a elaboração de uma nova tabela de reajuste utilizando 29,5% do orçamento do Estado destinado à educação. Com isso, o sindicato não realizou a assembléia extraordinária que havia sido convocada para esta tarde. “Nós adiamos a deliberação para discutir o documento da reunião”, explicou o presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo.
Na sexta-feira (7), os professores vão realizar uma nova assembleia geral para decidir os rumos do movimento. “No resto desta semana vamos tratar de debater”, disse Melo. A estratégia é tentar convencer a maioria da categoria até lá, e evitar que os professores sofram com as penalidades. Caso a greve não seja suspensa, o governo do Ceará promete abrir inquérito administrativo para pedir a demissão daqueles que persistem na paralisação.
“A gente pediu a categoria que não tomasse essa decisão hoje em relação a suspensão da greve dando um prazo até sexta-feira. O governo deu esse prazo e em ato continuo já retoma uma comissão para elaborar um plano com tudo que foi acertado antes com o governador”, afirmou o líder do governo na Assembleia, deputado Antonio Carlos (PT), que também participou da reunião com o comando de greve.
A direção do sindicato tem uma tarefa difícil pela frente, já que a categoria demonstrou em outras assembleias que está dividida. Exatamente as mesmas propostas apresentadas hoje pelo governo já foram rechaçadas pelos professores em outra oportunidade.
Outro obstáculo que pode atrapalhar os planos de suspender a greve é a influência que a militância do PSol, do PSTU, do movimento estudantil e do grupo de extrema-esquerda Crítica Radical tem sobre os grevistas. Como o iG mostrou, durante assembleias, protestos e até reuniões do comando de greve com o governo, a presença e participação de integrantes desses grupos se tornou constante.
Fonte: ultimosegundo.ig.com.br
Gilv@n Vi@n@

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