Para senadora, é preciso buscar soluções conjuntas com a comunidade, no sentido de explorar potenciais e oportunidades para melhorar a vida da população nordestina.
Lídice: quadro descrito por Euclides da Cunha "permanece tristemente atual" |
A pobreza no semiárido nordestino, segundo Lídice da Mata (PSB-BA), não é apenas resultado da seca, mas também da falta de políticas públicas que considerem de forma efetiva as potencialidades econômicas da região. Só na Bahia, dissse a senadora, são 2,7 milhões de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza. Ela mencionou estudos que analisam a pobreza do semiárido nordestino e citou registros históricos que demonstram como sucessivas políticas públicas praticadas pelo Estado brasileiro foram insuficientes e muitas vezes equivocadas, incapazes de desenvolver a região de modo eficaz.
— Nos dias de hoje, grande parte da população sobrevive da pecuária e da agricultura em pequenas propriedades desprovidas de meios efetivos à geração de produtos para a sua segurança alimentar, carecendo amplamente de programas de transferência de renda, a exemplo do Bolsa Família — observou.
Lídice da Mata registrou o estudo do professor Luiz Paulo Neiva, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), focado em Canudos (BA), segundo o qual os problemas históricos do semiárido estão relacionados ao crescimento regional desigual e a uma estrutura fundiária perversa. O sertão, de acordo com o estudo, é o "espaço sócioeconômico mais problemático do Brasil", marcado pela implementação de políticas inócuas.
A senadora lembrou a afirmação do escritor Euclides da Cunha, autor de Os sertões: "De sorte que, sempre evitado, aquele sertão, até hoje desconhecido, ainda o será por muito tempo".
Selo em Comemoração ao Centenário |
— Essa afirmação profética de Euclides da Cunha sobre o semiárido nordestino, por ele tão minuciosamente descrito em Os Sertões, permanece tristemente atual no Brasil de nossos dias — disse ela.
Para Lídice da Mata, que relatou as diversas tentativas, no século 20, de equacionar o problema da pobreza no semiárido nordestino, é preciso encontrar soluções conjuntas com a comunidade, buscando explorar potenciais e oportunidades e melhorar a vida da população.
Fonte: senado.gov.br
Gilv@n Vi@n@
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