Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves |
BRASÍLIA - As receitas previdenciárias do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) cresceram a um ritmo superior ao aumento das despesas com benefícios no primeiro trimestre de 2011. O governo reduziu, com isso, a previsão para o déficit previdenciário de R$ 42 bilhões para R$ 41,6 bilhões ou 1,1% do PIB, em 2011.
Se a previsão da equipe do ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, se confirmar, o resultado nominal ficará abaixo do verificado em 2010, quando fechou em R$ 42,9 bilhões, correspondente a 42,9% do PIB.
Entre janeiro e março, o INSS teve resultado negativo em R$ 9,531 bilhões, retração real de 37,3%, contra o déficit acumulado em R$ 15,196 bilhões no primeiro trimestre de 2010.
As contribuições previdenciárias somaram R$ 53,237 bilhões, com aumento real de 10,1%, ante ao R$ 48,341 bilhões. As despesas com aposentados e pensionistas atingiram R$ 62,768 bilhões, com queda real de 1,2% ante os R$ 63,538 bilhões pagos um ano antes.
O diretor do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), Rogerio Nagamini, explicou que para se verificar a variação real das despesas, deve-se excluir da conta total o passivo judicial e olhar em separado somente os benefícios previdenciários, que no trimestre somaram R$ 61,76 bilhões. Houve um crescimento de 4,9% nesses pagamentos, ante os R$ 58,9 bilhões do primeiro trimestre do ano passado.
Segundo o ministro, a explicação para a boa evolução da receita previdenciária é o avanço permanente do emprego formal, verificado nos últimos dois anos. Além do avanço da massa salarial real. De forma que as contribuições da área urbana têm ajudado a minimizar o "rombo" da previdência rural.
Dados divulgados hoje revelam, por exemplo, que o resultado previdenciário urbano dos trabalhadores da iniciativa privada foi positivo no primeiro trimestre em R$ 3,13 bilhões. O valor representa uma queda real de 243,8% ante o mesmo período de 2010, que ficou deficitário em R$ 2,18 bilhões.
Já o resultado previdenciário rural foi negativo em R$ 12,668 bilhões, recuando 2,7% ante o acumulado nos três primeiros meses do ano passado, deficitário em R$ 13,01 bilhões.
Por: (Azelma Rodrigues | Valor)
Fonte: oglobo.globo.com
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