A baixa taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e a atual situação do setor industrial do país preocupam a senadora Ana Amélia (PP-RS), que discursou sobre o tema na tribuna do Plenário na manhã desta sexta-feira (13).
Para ela, a atual crise econômica mundial não pode ser justificativa para a dificuldade de crescimento econômico, visto que o Brasil precisa urgentemente resolver o que ela chamou de “gargalos”, como falta de infraestrutura e complexa e pesada carga tributária.
Na opinião de Ana Amélia, o governo tem “apagado incêndios” de crises setoriais e prefere distribuir benefícios a alguns setores e evita fazer o mais difícil que é, por exemplo, mexer num sistema tributário “confuso e centralizador”.
– O governo precisa tratar de problemas conjunturais não de forma paliativa como tem feito até agora. Vamos novamente perder o bonde do crescimento por falta de competitividade. É unanimidade no setor empresarial que não podemos continuar na política de apagar incêndio, mesmo que crise mundial seja usada como válvula de escape – disse.
Segundo a parlamentar, setores que não foram contemplados por ajuda pontuais continuam mostrando as mesmas deficiências. Ela citou a indústria gráfica, que gera 221 mil empregos diretos e sofre com ociosidade e demissões.
O setor siderúrgico é outro em situação difícil. A senadora ressaltou que o alto custo da produção - notadamente da energia elétrica - e a incidência elevada de impostos fazem o Brasil ser o último no ranking global de produtividade do aço.
Ao comentar a recente afirmação da presidente Dilma Rousseff de que grandes nações não devem ser medidas pelo PIB, mas pelo que fazem a suas crianças e adolescentes, a senadora Ana Amélia até concordou com a presidente, mas fez ressalvas:
– A posição de Dilma faz sentido lógico. Claro que é preciso medir a força de um país pela economia do conhecimento, da inovação, com investimentos na educação infantil. Mas economia é também um todo. Para melhores investimentos em educação, precisamos do pagamento de impostos e tributos de empresas e também dos contribuintes – disse.
Comunicação
Ao iniciar seu discurso, a senadora concordou com o colega Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que, minutos antes, foi à tribuna para destacar a importância das emissoras de TV legislativas. Ana Amélia reiterou que a Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado (Secs) e os veículos de comunicação da Casa – TV, Rádio e Agência Senado – dão transparência ao Parlamento ao divulgarem o trabalho desenvolvido pelos senadores, nem sempre reconhecido pelos meios de comunicação em geral.
– Eu, que trabalhei muito tempo no jornalismo, percebo que há um olhar, às vezes, nem sempre reconhecedor do trabalho que nós aqui fazemos. Como estou deste lado agora, posso perceber – testemunhou a senadora.
Fonte: Agência Senado
Gilv@n Vi@n@
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