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12 agosto, 2011

Suspeitas de fraudes no Turismo atingem outra ONG

Empresas e pessoas envolvidas no esquema desbaratado pela Polícia Federal na Operação Voucher têm contratos de mais de R$ 48 milhões com o Ministério do Turismo, desde 2008.
De acordo com a PF, a ONG Ibrasi --que está no centro do escândalo que resultou em mais de 30 prisões--, recebeu R$ 4 milhões da pasta para um convênio no Amapá e subcontratou empresas que não prestaram os serviços.
A Folha apurou que essas mesmas prestadoras foram subcontratadas pela Fundação Universa, de Brasília, com recursos do Turismo, em convênios de R$ 27 milhões.
Um deles, de 2009, envolve R$ 23,1 milhões e foi assinado pelo ex-secretário-executivo do Turismo Mário Moysés, preso na operação.
Os contratos foram reajustados em 2010 pelo atual secretário, Frederico Silva da Costa, que também foi preso.
A Universa, ligada à Universidade Católica de Brasília, tem contratos também com outros órgãos da administração federal e desde 2008 recebeu R$ 8 milhões.
O diretor de licitações da Universa, Dalmo Antonio Tavares Queiroz, que também foi preso, é sócio de duas outras contratadas que se revezavam e venciam as concorrências da Universa.
São elas a Barbalho Reis Comunicação e Consultoria e a MGP Brasil. Indiretamente, as duas recebiam dinheiro do Ministério do Turismo.
Entre os sócios da Barbalho consta ainda Fábio Mello, também alvo da operação. Ele assina propostas como presidente da ONG IBT (Instituto Brasileiro de Organização do Trabalho Intelectual e Tecnológico) em dezembro de 2009 para fazer serviços à Universa em contratos com o Turismo.
Só para um deles, o IBT recebeu R$ 1,5 milhão.
O Ibrasi teve dois convênios com o ministério do Turismo de 2008 e 2009 que somam cerca de R$ 18 milhões, de acordo com informações da Polícia Federal.
OUTRO LADO
A Fundação Universa informou, por meio de nota, que foi convidada pelo Ministério do Turismo para realizar trabalhos de qualificação e capacitação profissional pela "sua reconhecida qualificação e notória especialização na realização de cursos, programas de estudo e consultorias em projetos".
A instituição diz que os convênios e contratos foram fiscalizados pelo próprio Ministério do Turismo.
Quando à participação do diretor de licitações numa empresa que ganhava contratos com a organização, a Fundação informa que "seus colaboradores não têm obrigatoriedade de dedicação exclusiva nos seus contratos de trabalho com a Fundação Universa".
"O senhor Dalmo Queiroz, (...) no exercício de suas atividades, cumpriu integralmente os processos internos, sendo mera coincidência a sua participação em outras licitações", completa a nota.
A Folha entrou em contado por telefone e e-mail com as outras empresas e pessoas citadas na reportagem e não obteve resposta até a conclusão desta edição. 
Fonte: 1.folha.uol.com.br
DIMMI AMORA
FILIPE COUTINHO
ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
 
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