Na semana passada, a Secretária Betânia Ramalho anunciou que vai solicitar de órgãos públicos a fiscalização da aplicação de recursos da educação. Também entrou em cena a realização do Censo Escolar. Para os aliados do Governo na imprensa, trata-se do que seria “a base do diálogo”.
A coordenadora geral do Sinte-RN, Fátima Cardoso, não se opõe as iniciativas do governo, mas alerta que a Secretaria já está atrasada em dar os primeiros passos em direção aos fundamentos do verdadeiro diálogo.
Para ela, tudo poderia começar com o funcionamento do Conselho do Fundeb, por exemplo. Além disso a folha de pessoal de todo estado poderia ser aberta ao conhecimento da população. Outra sugestão é que o portal da transparência seja menos técnico e mais popular facilitando a compreensão a todos.
Outra preocupação da dirigente do Sinte é com o contexto das informações. Os aliados do governo estão alardeando que o governo paga 16 mil professores e que destes, metade estariam fora da sala de aula. A suspeita é que haveria privilégios que são traduzidos como "acomodações".
A acusação é rechaçada pela direção do Sinte-RN. “O governo está acuado pelo péssimo desempenho na greve da educação e quer sair dessa condição manchando a imagem da nossa categoria”, denuncia Fátima.
Na qualidade de pedagoga, Fátima Cardoso explica que em matéria de educação, não se pode dizer que determinadas funções são acomodações. “Os processos educacionais, o caráter teórico metodológico destes processos necessitam de pessoas com aprofundamento teórico, formação específica é o que acontece com os Coordenadores Pedagógicos”, ensina.
Por fim, Fátima duvida que possa se fundamentar o diálogo em uma comissão de auditoria e na realização de um censo. “Seria muita ingenuidade nossa, acreditar em compromisso do governo com a educação baseado nessas duas iniciativas diante do abismo de omissões que temos acompanhado”, Concluiu.
Fonte: sintern.org.br
Gilv@n Vi@n@
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