Governo Temer acaba esta semana
Em política, ter poder é projetar expectativa futura a fim de granjear apoios com base nessa perspectiva. Com isso, ganha-se cacife para convencer interlocutores (os players desse showbizz) da capacidade de entregar algo a alguém em data certa e definida. Em torno dessa capacidade vão se formando maiorias. A regra básica do jogo consiste em dar forma e consistência de programa às ideias esparsas que se assentam no resultado das votações parlamentares (mesmo que tudo pareça uma geleia, ou uma colcha de retalhos). Se esse conjunto de ideias, mesmo amorfo, está em sintonia com os anseios da população –também conhecida como “eleitores”– o líder da engrenagem se fortalece com a ampliação gradativa da popularidade. O objetivo derradeiro é ver tal chancela convertida em votos populares.
É simples assim. Mas é complexo.
Tomando por fato consumado a equação descrita acima, obra milenar dos gregos que criaram esse sistema espetacular chamado “democracia”, há escassa margem para errar ao dizer que o governo Michel Temer termina tão logo sejam computados os votos da sessão convocada para a próxima 4ª feira (25.out.2017). Qualquer que seja o resultado do painel de votação. A sessão se destina a analisar o pedido de autorização para que o Supremo Tribunal Federal possa processar Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) por corrupção passiva e obstrução de Justiça.
Gilv@n Vi@n@
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